A agência Fitch Ratings aumenta a possibilidade de racionamento de
energia no Brasil, devido à fraca recuperação dos reservatórios das usinas
hidrelétricas. O nível dos reservatórios no subsistema Sudeste/Centro-oeste,
maior do país, estava em 16,82% em 29 de janeiro deste ano, quando em 31 de
janeiro de 2014 estava em 40,28%.
Em decorrência disso, a
qualidade de crédito das distribuidoras e geradoras de energia pode ser
afetada. Estão imunes as companhias de transmissão e as de geração baseadas em
fontes hídricas. Por outro lado, a agência analisa que o risco de racionamento
pode ser reduzido devido à maior capacidade das usinas térmicas e dos sistemas
de transmissão brasileiros, em relação a 2001 (em julho daquele ano começou o
racionamento de energia no Brasil, que durou até fevereiro de 2002). Em
comunicado emitido nesta quarta-feira (04), a Fitch Ratings considera positiva
a abordagem do governo federal em aumentar a tarifa para os consumidores, para
refletir o atual elevado custo de compra de energia. O ajuste seria uma
alternativa aos subsídios e aos empréstimos bancários usados para limitar o
aumento das contas nos últimos anos. "A estratégia de tarifas mais
realistas deve prevenir o descasamento de fluxo de caixa das empresas de
energia e pode limitar o aumento da demanda. Além disso, o provável baixo
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, estimado pela Fitch em
1,0% para 2015, deve reduzir o consumo de energia e ajudar no balanceamento
entre oferta e demanda de eletricidade", projeta a agência. Fonte: Bahia Notícias.