O líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Zé Neto
(PT), evitou se posicionar em relação o aumento de R$ 78 mil para R$ 92 mil na
verba de gabinete da Casa. Em entrevista ao Bahia Notícias nesta segunda-feira
(30), ele afirmou que a questão precisa ser discutida entre os deputados
estaduais e ressaltou que o aumento seria destinado aos assessores dos
deputados, não aos parlamentares. "É um aumento que vai para os
trabalhadores do gabinete e eles não podem ficar quatro anos sem reajuste. Tem
que ter bom senso e olhar os dois lados da moeda. Amanhã nós vamos discutir
melhor esse tema", explicou Zé Neto. Nesta segunda, antes do ato de posse
no Tribunal de Contas do Estado (TCE), Sandro Régis (DEM) também evitou
responder se a AL-BA tem condições de abarcar o reajuste. "Quem tem que
responder é o presidente da Assembleia, porque é ele que toma conta do
orçamento da Assembleia, não nós deputados", comentou o líder da oposição
no legislativo estadual. Com o reajuste proposto, a verba de gabinete sofreria
aumento de 28%, representando um crescimento de R$ 11 milhões no orçamento da
Casa.
A deputada estadual Luiza
Maia (PT), por sua vez, se posicionou contra a alteração na verba. Ao Bahia
Notícias, ela afirmou que o aumento não é necessário e destacou que é preciso
entender a atual situação econômica do Brasil. "Eu acho que a gente não
deveria aceitar. Pelo momento de ajustes fiscais que o país está passando, a
gente deveria ser solidário ao trabalhador que ganha salário mínimo. Com a
estrutura que temos, dá pro deputado trabalhar bem", destacou a petista.
Neste sábado (28), através do Twitter, ela se envolveu em uma discussão com
Marcelo Nilo ao pedir que o presidente da AL-BA não decida pelo reajuste.
"Então vote contra e não peça o aumento. Se você estiver sendo sincera, o
que acredito, não peça o aumento. Aliás, peça pra reduzir", afirmou Nilo.
Em entrevista ao Bahia Notícias, a deputada afirmou que o argumento de Nilo
tira o foco da questão principal: "Se eu tiver que não receber, eu não
recebo, mas eu sou uma única. E os outros 62?". Bahia Notícias