O adolescente Gleidson
Vieira da Silva, de 17 anos, condenado pelo estupro coletivo no Piauí e
posteriormente morto pelos cúmplices, era considerado o protetor das irmãs
menores, segundo a mãe, Elisabete Vieira da Silva. Seu irmão mais velho, de 19
anos, tem problemas mentais e já havia tentado abusar sexualmente das meninas -
gêmeas de seis anos, uma de nove e outra de 12 -, mas foi impedido por
Gleidson. "Como é que ia estuprar as meninas, se não permitia que o irmão
fizesse isso com as irmãs?", questionou Elisabete, que acreditava na
inocência do filho, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. Ela contou ainda
que o filho estava afastado da escola há anos e que frequentou ao menos três
colégios da cidade, mas foi expulso de todos por ser considerado um aluno
violento. Na última expulsão, Gleidson e outro rapaz "quase se
mataram". O jovem era usuário de drogas desde os 13 anos. Inicialmente
consumia maconha, cachaça e, depois, crack. Ele também tinha várias passagens
na polícia por roubo. "Pedi tanto, tanto para ele criar juízo, estudar,
parar de andar em más companhias. A gente é pobre, mas não é bandido. Já passei
muita fome, mas minha mãe nunca deixou a gente pegar nada que fosse dos outros.
Ele tinha comida em casa", contou Elisabete.
BN
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