Durante o inverno as praias
da costa baiana recebem visitantes que se tornam atrações entre os banhistas
que arriscam curtir um banho de mar. Para reproduzir ou se alimentar, baleias,
golfinhos e pinguins encalham na costa. Alguns desses animais aparecem mortos.
De acordo com informações do Instituto Mamíferos Aquáticos (IMA) - que é
responsável por monitorar as praias do litoral baiano, resgatar e reabilitar
animais aquáticos neste ambiente - neste mês, sete espcieis aquáticas, entre
baleias, golfinhos e pinguins encalharam na costa baiana.
Apesar dos números de julho,
a quantidade de animais que retornam ao seu habitat é superior. Na tarde deste
domingo (19), técnicos do Instituto Mamíferos Aquáticos, receberam um pinguim
da espécie, pinguins-de-magalhães (Sphenicus magellanicus) com vida, que
apareceu na praia do Bonfim, Salvador, e foi resgatado pela Companhia de
Polícia de Proteção Ambiental da (COPPA/PMBA). Segundo informações do
veterinário do IMA, Bruno Vasconcelos, o animal está debilitado e após tratado
e recuperado será encaminhado para soltura no estado do Espírito Santo.
Nesta sexta-feira (17), uma
baleia Jubarte foi encontrada morta na praia de Barra Grande, na Ilha de
Itaparica. Ainda nesta semana um pinguim encalhou na praia de Piatã, em
Salvador e uma baleia jubarte em Morro de São Paulo. No início do mês de junho
uma baleia piloto de nadadeiras longas - golfinho de nome científico
(Globicephala melas) encalhou bastante debilitado na praia de Porto Seguro,
segundo Bruno Vasconcelos, ainda não havia registro da espécie no litoral da
Bahia. “Esta espécie é comum nos estados do Rio de Janeiro, Espirito Santo e
São Paulo. Provavelmente ele estava em busca de alimento e foi desviado por
correntes. Foi resgatado com vida, mas não resistiu e morreu”, explica.
Ainda segundo Bruno, a
espécie que mais migra para costa baiana é a baleia jubarte. Estes animais
buscam águas mais quentes para reprodução. Já os pinguins aparecem na costa
baiana após serem desviados por correntes ao seguirem cardumes para se
alimentar.
Bruno Vasconcelos, explicou
o fenômeno que é comum região durante o inverno. “Os animais marinhos
migratórios, a exemplo de baleias, pinguins e outras aves marinhas, costumam
chegar à costa baiana a partir do mês de junho, e esse processo dura geralmente
até o mês de setembro. Entre estes animais, alguns chegam sem vida. Isso porque
são animais jovens que estão fazendo a primeira migração, estão debilitados
pela viagem e não resistem”, explica o especialista.
Segundo o veterinário, entre
os maiores fatores que causam a morte dos animais aquáticos que chegam a costa
baiana estão as ações predatórias dos homens. Por esse motivo, o IMA orienta a
população a tomar algumas medidas a fim de evitar a morte destes animais:
“A pessoas devem evitar
jogar lixo na praia. Os pescadores devem evitar abandonar redes de pesca em
alto mar e nunca pescar com bomba. Em de encalhe dos animais vivos, deve
acionar o instituto pelo SOS Encalhe do IMA pelo 0800-025-1000. Se o animal encontrado for baleia, deve ser
conservado sempre molhado – no caso de golfinho, eles precisam de sombra e
pinguim deve ser aquecido. No caso dos animais mortos, as pessoas devem manter
distancia e não tocá-los, para evitar infecções e doenças, e também acionar o
instituto. Jamais devolver o animal ao mar, por estar debilitado, pois ele
terminará de morrer”, orienta Bruno Vasconcelos.
Bocão News
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