Por essa Tays Reis não
esperava. O sucesso da cantora e da sua banda Vingadora está tão grande, que
grupos de outros estados estão se fazendo passar por eles em eventos –
utilizando roupas, repertório e material de divulgação extremamente semelhantes
aos originais. Na noite do último sábado (5), uma dessas falsas bandas foi
presa em São Bernardo do Campo, em São Paulo.
De olho nas fraudes desde o
início, os empresários do grupo de Itabuna, Aldo Rebouças e Marcos Galvão,
enviaram seus advogados a São Paulo para que a polícia iniciasse uma
investigação. Segundo a assessoria da banda, o grupo detido se chamava ‘Rainha
Vingadora’ e foi surpreendido pela operação da polícia – que também prendeu
dois produtores musicais suspeitos de vender os shows como se fosse do grupo
liderado por Tays.
“Essa foi a primeira
apresentação da banda se passando pelo grupo original. Agimos de forma rápida e
assertiva. Estamos atentos e amparados pela lei para que possamos fazer esse
tipo de operação em qualquer região do país", disso o advogado da banda
Leonardo Mascarenhas. Na noite de sábado, os originais se apresentaram em
Brasília e, durante a madrugada receberam a notícia de que outro falso grupo,
no Rio de Janeiro, se passava por eles.
De acordo com a assessoria dos
baianos, policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade
Imaterial (DRCPIM), em São Francisco de Itabapoana, interior do Rio de Janeiro,
encaminharam integrantes de um grupo chamado ‘Very Vingadora’ para a delegacia
pelo uso da identidade visual do grupo musical original. Casos como esses já
aconteceram com o grupo Calypso, no início da carreira, e com a dupla Patati e
Patata - também no período auge do sucesso.
"Temos recebido denúncias
via redes sociais. O próprio fã acaba questionando a agenda. Por exemplo,
sábado estávamos em Brasília e não em São Bernardo do Campo. Essas denúncias de
diferença de agendas começaram a acontecer com frequência depois do Carnaval. O
próprio público nos alertou. Então, quando constatamos que se tratavam de
bandas falsas, falamos inicialmente com nossos advogados. Fomos até a delegacia
e ocorreu todo o procedimento de investigação. Houve venda de ingresso, teve o
uso da marca Vingadora e a polícia investigou tudo. O show foi vendido como se
fosse o original. A cantora estava se comportando como se fosse a Tays. Então,
quando constatado, a polícia parou o show e todo mundo foi levado para depor
por estelionato", relatou Marcos Galvão, em entrevista à revista Quem.
Para o empresário, o fã é o
primeiro a ser lesado com falsas bandas. "Existe a questão financeira.
Mas, principalmente, porque é o sonho de muita gente. Tem muita gente
trabalhando na banda há muito tempo. A Tays se sente lesada por conta da equipe
e pelo fã também. O fã se sente lesado por comprar um show achando que é a
Vingadora original. A preocupação da Tays é essa: o sonho e a luta que foi
fazer tudo isso acontecer", finalizou.
BN