O juiz Sérgio Moro condenou a
19 anos de prisão o empresário Marcelo Odebrecht e outros dois ex-executivos da
empresa, Márcio Faria e Rogério Araújo, pelos crimes de corrupção, lavagem de
dinheiro e associação criminosa. Outros dois ex-executivos do grupo foram
condenados nesta terça-feira a penas um pouco menores. Alexandrino Alencar foi
condenado a 15 anos, sete meses e dez dias de reclusão e César Ramos Rocha a 9
anos, dez meses e 20 dias por corrupção e associação criminosa. A defesa do
empresário classificou a sentença como “injusta”. Em nota, o advogado Nabor
Bulhões diz que a condenação só pode ser concebida como “grave erro judiciário
ou como expressão de puro arbítrio do julgador.
A maior pena dos condenados na
Lava-Jato na decisão de Moro de hoje é a do ex-diretor da Petrobras Renato
Duque, da área de Engenharia e Serviços, com 20 anos, três meses e dez dias de
reclusão. Ele já havia sido condenado a 20 anos e oito meses por crimes de
corrupção em outro processo envolvendo o ex-tesoureiro do PT João Vaccari. Ao
contrário do que alegou a defesa, o juiz considerou que Marcelo Odebrecht se
envolveu "diretamente na prática dos crimes, orientando a atuação dos
demais, o que estaria evidenciado principalmente por mensagens a eles dirigidas
e anotações pessoais, apreendidas no curso das investigações". O Globo