As
passagens compradas pelo deputado representam o equivalente a duas voltas
inteiras na circunferência da terra.
O
deputado federal do PMDB da Bahia Lúcio Vieira, comprou num único dia, 75
passagens aéreas em seu nome e no nome de seu assessor, André Luiz Avelas F.
Sant’Anna. As compras aconteceram no dia 28 de dezembro, período que na teoria,
seria de recesso parlamentar. Devido à proximidade do fim do ano, alguns
parlamentares, utilizaram a sobra da cota dos gastos completos dos recursos,
que valeriam até 31 de dezembro, último dia do ano.
Em
entrevista ao site UOL, o deputado afirmou que duas passagens de ida e volta,
de Brasília para Teresina, tiveram lançamentos errados pela Câmara e foram
tiradas para Luciano Lustosa, outro assessor. Os trechos das passagens
compradas pelo deputado eram de Brasília para Salvador, domicílio eleitoral do
parlamentar, e da capital baiana para o Distrito Federal.
Considerando
a distância aérea entre as localidades, foram totalizados 79.938 km de trechos.
Em apenas um dia, o deputado comprou um total de passagens, que pela distância
entre os pontos partida e chegada, representam o equivalente a duas voltas
inteiras na circunferência da Terra.
Compra de
passagens
Segundo
Lúcio, a decisão não é ilegal e ocorreu devido à existência de um saldo de R$
200 mil na cota parlamentar. O deputado confirmou a emissão dos bilhetes e
alegou que se não utilizasse a passagem no dia, a companhia aérea não
devolveria o dinheiro para a cota, mas faria o ressarcimento à Câmara. “Nós
ganhamos R$ 33 mil, o líquido de R$ 26 mil. Se comprar passagem, aí o salário
não dá”, explicou ele.
Lúcio
Vieira não foi o único a utilizar a cota no final do ano. Além dele, circo
parlamentares também fizeram compras em lotes superiores a 30 passagens aéreas,
em pelo menos dois dias de dezembro, para que a verba do exercício de
2016 não fosse inutilizada.
Como a
verba mensal pode ser acumulada, é possível que existam outros estouros mensais
no uso dessa cota. Na virada de cada ano, caso não tenha gasto o saldo
restante, cada parlamentar não terá no ano seguinte o valor acrescentado.
De acordo
com a Câmara, a cota parlamentar varia para cada deputado, conforme o Estado de
origem.
Fonte: Diário de Pernambuco
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