A Secretaria de Saúde do
Estado da Bahia (Sesab) divulgou nota nesta quarta-feira (14) criticando a
retirada de cubanos do programa Mais Médicos (veja mais). Na avaliação da pasta
estadual, a medida representa "grave ameaça para municípios baianos".
Atualmente, o estado possui
1.522 médicos do Programa, que estão alocados em 363 municípios. Deste total,
846 são cubanos. O secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas, ressaltou
que o Mais Médicos vinha contribuindo especialmente com os municípios distantes
dos grandes centros.
"De uma só vez, sairão
mais de 8.500 médicos cubanos dos locais onde estão trabalhando atualmente.
Esses médicos estão em 2.885 municípios do país, sendo a maioria nas áreas mais
vulneráveis, tais com Norte, semiárido nordestino, cidades com baixo IDH, saúde
indígena e periferias de grandes centros urbanos", disse Vilas-Boas na
nota.
Segundo o secretário, a
preocupação é com a substituição dos trabalhadores cubanos, que já vinha sendo
realizada de forma gradativa. "A reposição antecipada e imediata não será
algo exequível, o que irá certamente causar desassistência", aponta
Vilas-Boas. Ele relatou que nenhum edital de contratação de médicos brasileiros
conseguiu contratar a quantidade de profissionais necessária no momento.
"O maior edital contratou 3 mil brasileiros", explicou.
BN
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