Foto: Arquivo Tribuna
da Chapada
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Fernão Dias de Ramalho Sampaio nascido em 10 de Janeiro de
1948 com sangue macajubense correndo em suas veias foi um dos políticos mais
querido de sua terrinha, qual atualmente leva o nome de “Macajuba”, foi ele um
dos historiadores da cidade, aquele político que se importava com seu povo,
aquele que dividia seu amor de família com a população, isso mesmo, homem
honrado, digno do que dizia e fazia pela sua terra, um dos melhores prefeitos
que Macajuba teve a honra de ser governada, essa é a frase mais dita pelo povo,
não existirá prefeito como ele, Fernão que conquistou o mérito de ser o único
prefeito a governar 4 vezes o município.
Fernão Dias de Ramalho Sampaio 1989-1992
Fernão Dias de Ramalho Sampaio 1997-2000
Fernão Dias de Ramalho Sampaio 2001-2004
Fernão Dias de Ramalho Sampaio 2013-2014
Mas que teve sua trajetória interrompida após ter sua vida
ceifada em 02 de Abril de 2015 com apenas 67 anos de idade, foi um verdadeiro
choque em nossos corações e alma, ninguém queria acreditar no que havia
acontecido, todos torciam para que aquela noite fosse apenas um pesadelo,
queríamos... Mas o fato triste realmente tinha acontecido, ele nos deixou em
vida, mas permanece sempre em nossos corações, daqueles que realmente o conhecia,
que sorria com ele, que pegava no pé quando preciso, mas que tinha grande
amizade com ele, sabe do amigo qual ele era.
A cada ano que passa é difícil ainda engolir o ocorrido,
mas devemos sempre lembrar que ele se foi, mas que deixou a sua história na
cidade, suas obras sempre vos lembra a belíssima Praça de Eventos, era uma das
estruturas que ele mais admirava.
Ainda guardo em mente a sua frase dita em seu último comício
em 2012.
“Tudo que eu fiz
pelo Povo da minha terra, está aí, fiz para o Povo, não foi para mim”
Essa pequena frase dele me impulsiona muito, me faz pensar
como ele, o que queria para seu povo era o melhor, queria ver Macajuba crescer
a cada dia, ser reconhecida nacionalmente, aquela cidade que ganhava o pódio de
uma das cidades mais bem limpas da Bahia.
Hoje 02 de Abril de 2019 completam-se quatro anos que
Macajuba perdeu um de seus preciosos filhos, como também acabou perdendo outros
filhos ao passar dos anos, a exemplo do meu grande amigo Everildo Pedreira que nos
deixou com apenas 70 anos de idade, onde minha última conversa com ele, me pediu para
marcar um horário, por que precisava falar comigo, mas infelizmente, ficarei ao
resto de minha vida devendo essa conserva com ele, por que acabei não tendo mais a oportunidade de falar com ele.
Com isso aprendi que não importa o que te impeça ou te ocupa a não ser um grave problema,
se alguém quer falar contigo, conversar contigo, um tempo seu para se divertir,
ou qualquer outra coisa, se disponibilize a conversar com esta pessoa, não
deixe para outro dia, por que pode acabar não havendo mais outro dia.
Eu levo uma frase comigo, qual serve para aquelas pessoas que
tenham medo de tentar;
“Tente, ou morra na
dúvida” Ou seja, se
a gente não tentar fazer ou ser aquilo que a gente sonha, morreremos na dúvida
se daria certo ou não, não sinta vergonha de tentar, tente, se não dê certo, tente novamente, mas não
desista, uma hora ou outra Deus vai perceber o quão você foi incansável, e
então as portas começarão a se abrir.
Enfim, eu ainda era apenas um jovem, e sinto saudades do
senhor, aonde estiver, olha por mim, por nossa cidade, por nossos jovens,
adultos, crianças.
Arquivo vídeo 2015
Quatro anos sem a sua presença física
O texto abaixo é o último escrito pelo jornalista Everildo
Pedreira. Foi enviado à sua filha Carollini Assis para revisão alguns dias
antes de seu falecimento. A Tribuna da Chapada publica na íntegra o texto
Foi numa quinta-feira de Endoenças, ou como é mais conhecida,
Quinta-feira Santa, que você nos deixou, Fernão Dias Sampaio. A data sagrada
antecede a celebração da morte e ressurreição de Jesus. É também neste dia que
se comemora o lava-pés e a Última Ceia com os apóstolos, segundo o relato dos
evangelhos canônicos. Foi nessa quinta-feira, há exatos quatro anos, na avenida
mais movimentada da cidade, bem próximo à Igreja Matriz de Santa Luzia, que
você partia deste mundo de intrigas e ganâncias para outro astral.
A data santa já é um convite à reflexão sobre vida e morte,
sobre o tempo e sua impermanência. Mas para Macajuba e seu povo também é um
momento de introspecção por uma catástrofe, promovida por um desafeto, um
intempestivo jovem político. A sacada da Igreja que a sua prendada mãe
construiu na década de 50 lhe serviu de proteção, para que já sem vida, seu
carro ali parasse. Após ser baleado, o veículo oficial desceu desgovernado e
foi encostar justamente na entrada de acesso à Igreja e em frente à lateral da
Prefeitura. Perdíamos um grande político.
Falar de Fernão é sempre um desafio, pois é traçar o perfil
de um administrador austero, que lhe
rendeu a admiração de todos, até mesmo dos seus ferrenhos adversários. Mesmo os
seus oponentes viam no seu perfil a coragem e determinação na execução das
inúmeras obras. Você foi amado, elogiado, criticado. Estava no exercício do
quarto mandato de Prefeito, uma façanha inédita no município, e uma consagração
na maior vitória de um postulante ao cargo já ocorrida na cidade: 1.234 votos.
Não foi para um adversário político qualquer, foi para o seu primo e criador
político, apesar do seu pedigree, seu pai na década de 50 foi a maior liderança
do município e da região formando um pool de coronéis responsáveis por tudo.
Você alijou da política o Sr. Luiz Pamponet Sampaio.
Seu governo transcorria normalmente, muita coisa para ser
feita, mas numa “Quinta-feira Maior” sua trajetória política e de vida foi
interrompida abruptamente com seis projeteis 38, todos à queima-roupa e na
região do tórax. Fernão foi conduzido praticamente sem vida para o Hospital
Municipal Julieta Dias Sampaio, cujo nome era uma homenagem à sua progenitora.
O hospital é uma unidade de saúde por ele mesmo construída e inaugurada. Na saída do seu corpo para o Instituto Médico
Legal, uma voz do povo assim se expressou: “Não mataram Fernão, mataram
Macajuba”.
A notícia da morte do prefeito macajubense se alastrou não só
na Bahia como no país. A população perplexa não acreditava na veracidade da
informação. Jornais e sites da capital e do interior questionavam o assassinato
do homem que simbolizava o amor por sua terra através de suas realizações e lhe
trazendo o progresso. O comentário nas rodas de conversa era um só: “O que será
de Macajuba de agora em diante?”.
Na realidade, segundo suas próprias declarações
na última entrevista que me concedeu, ele disse que estava recuperando o município que
encontrou degradado e já tinha iniciado o seu projeto de construir obras essenciais na cidade, como a recuperação e ampliação da
escola Stellina Costa (sede), do Centro
Comunitário, início da recuperação do
Centro Abastecimento (sede), da Creche Ana Araújo (Nova Cruz), da estrada
ligando Macajuba-Jequitibá. Entre outros, a construção de casas populares em
Malhada Nova, e a Praça Castro Cincurá (não chegou a começar).
Se foi um velho amigo. Brigão, crítico, mas leal a quem
lealdade lhe dispensava. Seu vice-prefeito tentou prosseguir com o seu
trabalho, o que não aconteceu. Por Macajuba, sua fiel companheira entrou na
disputa do seu legado e levou consigo o seu primogênito Murilo Dias Sampaio,
como vice-prefeito. E à frente da cidade estão enfrentando juntos o desafio de
dar continuidade a um trabalho iniciado por Fernão e imprimir ao município o
progresso pelo qual ele tanto lutara e desejara.
A luta tem sido árdua na manutenção de todas as obras
deixadas nas gestões do grande líder. Sua terra não o esquece. Quem o conheceu
de verdade e sabia de seu compromisso com o futuro da população macajubense,
não o esquece. A prefeita Mary Dias e o vice Murilo Dias tem cumprido à risca
com o compromisso assumido, num governo de austeridade e respeito ao cidadão.
Fisicamente você não se encontra entre nós, mas espiritualmente se faz
presente.
Abraços saudosos
Everildo Pedreira
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