Ao chegar à emergência do hospital, menos de uma hora depois
do ‘estalo’, Hader não conseguia mais andar
Uma aparente inocente massagem no pescoço virou um problema
grave para o americano Josh Hader, de 28 anos, que quase morreu. Sofrendo de
dores no pescoço durante duas semanas, o homem decidiu a recorrer a um
alongamento para melhorar a tensão muscular e se livrar da dor. Ao alongar, ele
ouviu um estalo. “Usei minha mão para
aplicar um pouco mais de pressão e ouvi um ‘pop’. Então tudo do meu lado
esquerdo começou a ficar dormente”, contou ele à NBC News.
Hader, que é ex-policial, desconfiou que pudesse estar
sofrendo um AVC. Após chamar a esposa,
ele se olhou no espelho em busca de sinais faciais que indicassem o
problema. Sem notar nada de diferente, o homem concluiu que deveria ter apenas
pressionado um nervo e foi atrás de gelo para colocar no pescoço. “Enquanto eu
ia para a cozinha, eu percebi que estava andando em um ângulo de cerca de 45
graus. Eu não conseguia andar em linha reta. Estava quase andando totalmente
para a esquerda”, disse.
Ao chegar à emergência do hospital, menos de uma hora depois
do ‘estalo’, Hader não conseguia mais andar e precisou de uma cadeira de rodas
para se locomover. Após realizar uma tomografia, a equipe médica constatou que
ele havia de fato sofrido, de fato, um
acidente vascular cerebral.
Em entrevista ao canal americano ABC, Vance McCollom, médico
que tratou o ex-PM, explicou que ele havia lesionado uma das principais
artérias vertebrais do pescoço, cuja função é levar sangue direto para o
cérebro. Este tipo de lesão, também chamada de dissecção, provoca AVC mesmo em
indivíduos jovens.
Assim que foi diagnosticado, a equipe administrou uma dose de
ativador de plasminogênio tecidual (t-PA) – medicação utilizada para dissolver
coágulos sanguíneos. “Lembro-me de ouvir um médico no pronto-socorro gritando
para a equipe: ‘Temos 12 minutos para administrar isso’. Foi quando eu percebi
a gravidade do que estava acontecendo”, contou Hader. Assim que recebeu o
medicamento, ele foi transferido para outro hospital. Lá, o americano foi
colocado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde ficou por quatro dias.
A esposa de Hader ficou chocada com o diagnóstico médico.
"Eu estava apavorada. Ele é jovem demais. Eu pensei que tinha que ser
outra coisa. Foi muito estranho. Durante todo o caminho para o hospital eu
tentei me convencer de que não era um AVC”, disse ela em entrevista ao The
Washington Post.
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