Um bilhete com a frase "Tha ai os 2 que estrupou a
mulher Andresa (sic)" foi encontrado próximo aos corpos dos suspeitos
A estudante de psicologia Andreza Nascimento, de 21 anos, que
foi violentada em Cabo Frio, no Rio de Janeiro, no sábado (4), reconheceu os
dois homens encontrados mortos como autores do abuso na segunda-feira (6). De
acordo com o G1 Lagos e Região, um bilhete com a frase "Tha ai os 2 que
estrupou a mulher Andresa (sic)" foi encontrado próximo aos corpos dos
suspeitos.
Foto: Reprodução |
O crime
O abuso aconteceu entre a noite de quinta (2) e a madrugada
de sexta-feira (3). No relato publicado
na internet, ela afirma ter sido violentada durante quatro horas. O caso está
sendo investigado na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam).
Ainda abalada e com medo, a estudante disse que disse tersido sequestrada, ameaçada e estuprada por três homens, durante quatro horas,
contou os momentos de terror que passou entre o fim noite de quinta-feira e o
começo da madrugada de sexta-feira. Ela disse que após se livrar dos algozes
buscou ajuda em várias casas e ninguém quis socorrê-la. A jovem estava com um
amigo, que foi colocado no porta-malas do carro.
A universitária disse que após conseguir abrir o
compartimento do veículo e fugirem, ela e o amigo bateram em pelo menos dez
casas, mas não tiveram ajuda. Eles estiveram ainda em um bar, onde o socorro
foi negado. A dupla acabou deparando com uma viatura na estrada e pediu ajuda
aos policiais, que levaram a estudante para o hospital e o rapaz para a
delegacia. A jovem prestou depoimento no dia seguinte.
Foto: Reprodução/Polícia Civil |
— A gente bateu em dez portões e ninguém quis atender. Até
que escutamos o barulho de um rádio e um senhor veio até o portão, mas também
não quis ajudar. Provavelmente por medo. Ele mandou a gente ir até o final da
rua onde disse que tinha um DPO para pedirmos ajuda à polícia. Mais adiante
encontramos um bar, fiquei aliviada de poder avisar minha família e chamar a
polícia, mas a mulher também não quis ajudar, nem água quis dar. Quando
estávamos quase desistindo deparamos com um carro da polícia, que finalmente
nos ajudou— relatou a jovem, que ainda tem medo de voltar para a casa onde mora
com uma sobrinha.
iBahia
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