Delegada responsável pelo caso
disse que não encontrou elementos suficientes de autoria
A delegada Juliana Lopes
Bussacos, titular da 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, afirmou nesta
terça-feira que não há provas suficientes para indiciar o atacante Neymar em
acusação de estupro e agressão feita pela modelo Najila de Souza Trindade .
— Eu não indiciei (Neymar) por
achar que não tenho elementos suficientes. O inquérito policial foi concluído,
e não vi indícios suficientes de autoria. Mas nada obsta (impede) que o titular
da ação penal, que é o Ministério Público de São Paulo dê continuidade à
denúncia — afirmou Juliana.
Foto: Reprodução |
A delegada alegou que o
inquérito corre em segredo de Justiça para não dar maiores detalhes sobre as
razões de ter chegado a essa conclusão. Juliana havia solicitado acesso às
imagens das câmeras de segurança do hotel em Paris onde supostamente o estupro
e a agressão teriam ocorrido. O material, porém, não chegou a ser anexado ao
inquérito.
— As imagens de Paris não
chegaram aos autos, mas verifiquei que não se tratava de prova imprescindível
para a conclusão do inquérito policial — disse a delegada.
O Ministério Público do Estado
de São Paulo (MPSP) ainda não se manifestou sobre o caso. As promotoras do
Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica do MPSP têm 15
dias para dar andamento ao caso.
Pode haver pedido pelo
arquivamento, haver o indiciamento ou pedido de novas apurações. Após
manifestação do MPSP é que a Justiça irá definir se o processo continua. A
polícia apura ainda suposto crime de extorsão, em denúncia feita por Neymar e
seu pai contra Najila.
— Essa investigação corre em
segredo de Justiça porque os fatos são conexos ao suposto crime de estupro.
Dependemos do término da investigação que está com a doutora Juliana. Agora
vamos apurar se houve denunciação caluniosa ou não - afirmou Monique Patrícia
Ferreira Lima, da 11ª Delegacia de Polícia de São Paulo.