Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil |
Ministro da Justiça e
Segurança Pública falou sobre repercussão do benefício para Alexandre Nardoni
para defender seu projeto de lei anticrime
O ministro Sérgio Moro, da
Justiça e Segurança Pública, afirmou que assassino do próprio pai ou do filho
não deveria ter benefício de “saidinha” da prisão na data comemorativa do Dia
dos Pais. Em sua conta no Twitter, nesta sexta-feira (9), ele foi taxativo.
“Parricidas ou filicidas não deveriam sair da prisão em feriado do Dia dos
Pais.”
Moro retuitou o presidente da
República, Jair Bolsonaro que, na quinta-feira (8), demonstrou indignação com a
“saidinha” de Alexandre Nardoni, condenado a 30 anos de prisão pelo assassinato
da filha, Isabella.
“O caso Isabella, ocorrido em
2008, repercutiu em todo o Brasil. A criança de 5 anos foi jogada pela janela
de seu apartamento. Hoje o pai, condenado pelo assassinato, é beneficiado pela
saída temporária de dia dos pais. Uma grave ofensa contra todos os brasileiros.
Lamentável!”, escreveu o presidente.
Nesta sexta, Moro postou: “É
imoral e afeta a confiança das pessoas no império da lei e da Justiça.” O
ministro ponderou que “não adianta culpar o juiz”. “Precisa mudar a lei atual.”
E aproveitou para, uma vez
mais, defender sua grande aposta para reduzir a impunidade no país: “Apoie o
projeto de lei anticrime ”
O ministro não citou nomes em
seu post, mas se refere a Nardoni, condenado em março de 2008 e que deixou na
quinta a Penitenciária II de Tremembé, no Vale do Paraíba, interior paulista,
para a saída temporária de Dia dos Pais.
Nardoni ganhou o benefício do
regime semiaberto em abril, por “bom comportamento” na cadeia. É a primeira vez
que ele ganha “saidinha”. Terá que retornar a Tremembé até segunda (12).
A mulher de Nardoni, Anna
Carolina Jatobá, condenada pelo mesmo crime, já está no semiaberto desde 2017.
Ela também ganhou ‘saidinha’.
Moro tuitou: “Tem coisas na
legislação brasileira que não dá para entender, como diz o presidente da
República Jair Bolsonaro Estamos trabalhando para mudar. No projeto de lei
anticrime, consta a vedação de saídas temporárias da prisão para condenados por
crimes hediondos.”
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