As pessoas preguiçosas costumam ser mais criativas e eficientes (sim, leu bem).
Sente-se culpado quando tem
alguma tarefa para fazer, mas prefere ficar a dormir no sofá ou a ver Netflix?
Não se preocupe, a ciência indica que não fazer nada de vez em quando, na
verdade, faz bem à saúde física e mental. Acredite se quiser, a preguiça também
pode servir de estímulo para a criatividade e até mesmo para aumentar a
eficiência.
O criador da Microsoft, Bill
Gates, por exemplo, já disse que escolheria uma pessoa preguiçosa para fazer um
trabalho difícil, pois esta descobriria a forma mais rápida de fazê-lo.
“Pessoas preguiçosas deveriam ser mais valorizadas. Nós encontramos o caminho
mais eficiente para a meta, não perdemos o nosso tempo optando pelo caminho
mais difícil”, comentou à BBC Lucy Gransbury, uma atriz australiana que se
autointitula preguiçosa e se sente extremamente orgulhosa dessa característica.
E a ciência, o que diz?
A ciência também concorda. O
investigador Masud Husain, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, analisou
as reações e os cérebros de pessoas preguiçosas e não preguiçosas. Os
participantes, que foram categorizados como motivados, apáticos e meio-termo,
responderam a um questionário que avaliava como reagiam a uma tarefa que exigia
esforço físico, mas trazia recompensas no final.
“Variávamos a recompensa e o
esforço exigido para consegui-la. O esforço era que eles tinham que apertar com
as mãos para conseguir a recompensa”, explicou à BBC. O resultado dos
questionários não trouxe surpresas: os preguiçosos estavam menos propensos a
esforçarem-se demais, mesmo que por uma recompensa.
O que surpreendeu a equipe de
pesquisa foram os resultados das tomografias cerebrais. Isto porque os
cientistas apuraram que os cérebros das pessoas apáticas tinham nível de
atividade maior durante as tomadas de decisão, comparativamente aos outros
grupos. Ou seja, os cérebros dos preguiçosos trabalham mais e, portanto, são
mais ativos. “É como se fosse mais difícil para eles tomarem aquela decisão. E
havia um custo mais alto para os seus cérebros em termos de tentar avaliar se
algo era válido ou não”, disse Husain.
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Tópicos:
Saúde