Pela primeira vez após 34 anos
ininterruptos, o horário de verão não entrou em vigor no Brasil em 2019
Pela primeira vez após 34 anos
ininterruptos, o horário de verão não entrou em vigor no Brasil em 2019. De
acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), a decisão foi tomada porque
estudos constataram que a medida não vinha reduzindo o consumo de energia
elétrica. Mesmo que o horário de verão não produza impactos significativos no
bolso do consumidor, é preciso ficar atento a práticas que ajudam a economizar
luz nos meses mais quentes do ano, para que a conta não dispare no período.
— A gente não consegue
economizar energia sem mexer nos hábitos e no conforto — ressalta o pesquisador
da Proteste Dino Lameira. O MME afirma que, nos últimos anos, houve alterações
nos hábitos de consumo de energia pela população brasileira, de maneira que a
parte do dia em que o gasto é maior é a tarde, e não mais o início da noite.
Por outro lado, um estudo feito em todo o país e divulgado pela Eletrobras no
último dia 18 mostrou que os domicílios ficam com mais lâmpadas acesas entre
18h e 21h.
Ar-condicionado:
use com moderação
À tarde, o maior vilão da
conta de luz é o uso do ar-condicionado. Para reduzir o consumo de energia
provocado pelo aparelho, é preciso optar por modelos dotados de tecnologias
mais eficientes. Um exemplo é a inverter, que faz o motor trabalhar mais próximo
da temperatura de conforto e, assim, gasta menos luz que os modelos comuns.
Escolher um equipamento com potência adequada para o tamanho do ambiente onde
ele será instalado também é importante.
— Não há outra forma de
economizar energia que não seja usar o ar-condicionado com parcimônia. A dica é
manter o aparelho ligado por um tempo, desligá-lo e utilizar o ventilador no
resto da tarde. E só voltar a ligar o ar-condicionado à noite, quando for
dormir — indica Dino Lameira.
O engenheiro mecânico Jorge
Dias, de 56 anos, sempre regula o aparelho para 23 graus, considerada a
temperatura de conforto. Deixar o ambiente mais frio não é recomendável, porque
ele se torna desconfortável, e o gasto é maior. — Assim, fica ideal para
dormir. Eu ligo o ar-condicionado meia hora antes, fecho o quarto e deixo
climatizar — conta.
Eletrodomésticos
fora da tomada
Aparelhos eletrodomésticos que
não estão em uso devem ser retirados da tomada. O receptor de TV por assinatura
é um exemplo, pois consome grande quantidade de energia em stand by.
Cafeteiras, liquidificadores, micro-ondas, televisores e carregadores de
telefone celular também não devem ficar conectados à rede elétrica se não
estiverem em funcionamento.
Trocas na
iluminação
Para economizar na conta de
luz, lâmpadas incandescentes e eletrônicas (fluorescentes) devem ser
substituídas por lâmpadas de LED. Embora tenham um custo maior no mercado, elas
proporcionam redução do consumo de energia ao longo do tempo.
Chuveiro na
posição verão
O uso do chuveiro elétrico na
posição verão economiza cerca de 30% de energia em relação à utilização na
posição inverno, segundo o pesquisador da Proteste Dino Lameira. Para não
extrapolar o gasto, os banhos devem durar de cinco a oito minutos.
No verão, o ideal é tentar
aproveitar ao máximo a temperatura natural da água. No Brasil, geralmente as
caixas d'água ficam nos telhados dos imóveis, e a incidência de sol sobre elas
acaba esquentando a água.
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