A cada ano que se passa, o
compartilhamento de notícias falsa vai aumentando, e com isso fazendo vítimas
ou prejudicando pessoas, desta vez o fake é com um compartilhamento de um
remédio de nome “Maxalgina”, qual está circulando nos grupos de WhatsApp junto
com um áudio, afirmando que o medicamento está vindo com vírus, qual não passa
de mais uma mentira!
Boato – Cuidado com a
Maxalgina, a Dipirona vinda da Venezuela. Ela está infectada com um vírus mortal,
o Marborde, e é vendida no Brasil.
Entra ano e sai ano, alguns
boatos insistem em se modificarem e, assim como os vírus, circularem por aí. É
o caso da história de hoje, que cita um remédio chamado Maxalgina.
De acordo com uma mensagem que
está circulando na internet, a rádio Nacional da Venezuela mandou avisar que a
Maxalgina, que seria uma Dipirona vindo do país, estaria infectada com o
Marborde, que seria um vírus mortal. O texto fala ainda que o remédio é “mais
branco e brilhante” do que a “Dipirona comum” e que todos devem compartilhar a
mensagem.
Maxalgina, a Dipirona da
Venezuela, está contaminada com o vírus Marborde?
Muita gente compartilhou a
informação a torto e a direito por aí. Só há dois detalhes no texto. O primeiro
é que a denúncia é falsa. O segundo é que se trata de um boato mais do que
manjado. Calma aí que a gente explica tudo para vocês.
De cara, a mensagem já nos
deixa desconfiados. Ela carrega muitas da principais características de boatos
online. Ela é vaga, alarmista, com erros de português e pede compartilhamento.
O texto até cita o que seria uma fonte confiável: a tal rádio Nacional da
Venezuela.
Foi aí que começamos a nossa
busca. Adivinha qual é um dos primeiros resultados que encontramos sobre o
assunto: um desmentido do Boatos.org. Isso acontece porque essa história de
Dipirona infectada da Venezuela já foi desmentida aqui por duas vezes.
Na primeira, tratava-se de um
texto escrito por um site que sempre publica fake news. Importante dizer que a
história já era uma modificação de outro boato: o que falava que o paracetamol
de Angola estava infectado.
Tudo está explicado nos dois
vídeos a seguir.
Tempos depois do boato sobre a
Dipirona vinda da Venezuela, começou a viralizar a informação de que era um
remédio chamado Dipimed que estaria infectado. Assim como na história de hoje,
usaram um texto já manjado e incluíram o nome de um medicamento.
Pois bem… voltando ao caso da
Maxalgina. A história é tão falsa que o remédio sequer é da Venezuela. Além
disso, a Natulab, laboratório responsável pelo medicamento, desmentiu a
informação em seu site oficial. Confira o que foi dito:
A Natulab informa que, desde
2018, tem circulado nas mídias sociais uma mensagem falsa, que diz que
medicamentos com a substância dipirona – conhecida e utilizada contra dores e
febre – seria fatal, pois teriam sido contaminados por um vírus letal na
Venezuela.
A Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) já atestou que essa notícia é falsa. O Ministério
da Saúde esclarece que todos os medicamentos passam por um rígido processo de
validação e possuem os devidos registros na Anvisa, e desmente a informação
falsa por meio de nota oficial em seu portal.
No mesmo sentido, a Natulab
reforça que o produto Maxalgina (dipirona sódica) segue rígidos processos de
segurança e qualidade, além de passar por análises microbiológicas e de
estabilidade, assim como toda a produção de seu laboratório.
Resumindo: a história que
aponta que há um medicamento vindo da Venezuela chamado Maxalgina com um vírus
mortal é falsa. Trata-se uma evolução de um boato já desmentido aqui, que não
faz sentido e foi desmentido até pelo laboratório responsável pelo produto.
Fonte: Boatos Org
O conteúdo do Macajuba Acontece é protegido.
Você pode reproduzi-lo, desde que insira créditos COM O LINK para o conteúdo
original e não faça uso comercial de nossa produção.
Tópicos:
Fato ou Fake