'É um constrangimento para mim
tudo isso', desabafou Cleomar Marques
Foto: Reprodução/Rede Amazônica |
Uma mulher sem mãos e pernas
teve uma verdadeira dor de cabeça. Cleomar Marques foi impossibilitada de
conseguir benefícios do INSS por não poder assinar os documentos oficiais que
autorizam o pagamento do auxílio. A ex-sinaleira mora em Porto Velho (RO). As
informações são da Rede Amazônica.
Cleomar contou à Rede
Amazônica que entrou com três pedidos no INSS em 2019, mas todos foram negados.
Em um deles, a recusa aconteceu porque ela não poderia assinar os papéis.
"Uma servidora puxou os papéis e perguntou: 'quem vai assinar? Você
assina?'. Eu disse que não podia assinar, mas sim a minha filha ou minha mãe. A
mulher então olhou e disse: 'ah, então não vale'. Daí ela pegou, rasurou o
papel e jogou fora", disse.
Após a recusa, Cleomar entrou
com uma nova solicitação, dessa vez para tentar um benefício assistencial à
pessoa portadora de deficiência. Este também foi negado, pelo fato dela ter uma
renda per capta familiar acima de 1/4 do salário mínimo.
No terceiro requerimento, o
INSS alegou "falta do período de carência" e também recusou o pedido.
A ex-sinaleira disse que
precisa do auxílio porque não pode trabalhar. A filha dela fica em casa para
ajudá-la nas necessidades básicas, como alimentação e banho. Cleomar conta
ainda que as duas atualmente dependem de doações para sobreviver.
"Olha, é um
constrangimento para mim tudo isso. Eu trabalhava, tinha minha vida e agora sou
dependente dos outros. É a minha filha, única que mora comigo, que faz tudo
para mim", desabafa, em entrevista à Rede Amazônica.
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