Charge / Foto: Montagem MA |
Parece que a nova regra dada pela
Secretaria de Educação de Macajuba, não tem agradado muito os professores do
município, isso por que, segundo os profissionais, agora eles serão obrigados a
pagar os dias, que faltarem, mesmo se for por motivo de doença ou com
apresentação de atestado médico, caso o profissional não cumpra a aula, será descontado
em seu pagamento.
Muitos professores se
manifestaram no Facebook, uma forma das pessoas verem o que estão passando.
Veja as notas.
Eu, Telma M. de O., maior,
brasileira, residente em Macajuba-Bahia, há 300 km de Salvador, munícipio no
qual sou professora desde 30/03/1993 (há 26 anos); destes, 7 como prestadora e
19 como concursada. Trabalho no Colégio Municipal José Pires e tenho um filho
de 15 anos que ainda depende de mim. Em janeiro de 2011 fui diagnosticada como
portadora de uma doença denominada LÚPUS. A partir daí iniciei um tratamento
com reumatologista, mas por se tratar de uma doença autoimune, cada dia surge um
fator a ser investigado. Dessa forma, sou acompanhada pelas seguintes
especialidades: reumatologista, dermatologista, oftalmologista, endócrino,
gastro, otorrino e ortopedista. Sempre entreguei meus atestados médicos na
escola onde trabalho e relatórios médicos na Secretaria Municipal de Educação e
não tinha sido alertada, notificada e nem punida. Mas, em 2019 fui notificada
pela Secretária de Educação Sandra Dias Sampaio com o apoio da sua irmã, a
prefeita Mary Marques Dias Sampaio e do seu sobrinho, o Vice-prefeito Murilo
Dias Sampaio, a pagar, em trabalho, 17 dias de atestado médico no final do ano
letivo 2019. Como não paguei, porque entendo que pagando um atestado médico em
trabalho, estaria contradizendo o que os médicos prescreveram sobre a minha saúde,
a mesma determinou que eu deveria pagar nas férias, no período de 02 a
19/01/2020. Neste caso, só teria 11 dias de férias. Como, também não paguei,
mas apresentei um parecer jurídico, a mesa descontou 60% do meu 1/3 das férias.
Então, ela achou pouco e tirou $ 3.143,00 no meu salário de janeiro, não
permitindo que ficasse algum dinheiro para que eu pudesse comprar meus remédios
e pagar a consulta ao Reumatologista.
Estou emocionalmente abalada
que, tive uma crise de sangramento nasal, necessitando atendimento médico na
emergência aqui do hospital de Macajuba, no dia 24/12 duas vezes, em Itaberaba,
no Hospital da Chapada no dia 29/12/2019 e ,no Santa Izabel, em Salvador, no
dia 08/01 do ano em curso. Dessa forma, preciso que essa minha situação chegue
ao conhecimento do público. Não quero que tenham pena de mim; quero respeito e
o valor que mereço como professora.
Outro relato.
Eu, Uberlândia R. O., maior
brasileira, residente em Macajuba-Bahia, Município no qual sou professora há 19
anos (desde 30/03/2001); mãe de 3 filhos menores. No ano de 2019 tive a
necessidade de me ausentar do trabalho, algumas vezes, para ir ao médico, pois
venho apresentando alguns problemas de saúde, os quais estou em processo de
investigação. Mas, no final do ano citado, fui surpreendida com uma cobrança
abusiva da gestão municipal, quando recebi notificações que exigiam que eu
pagasse esses dias com trabalho. Mas eu não paguei por que, como falei, acho
isso um abuso de poder, visto que a lei me assegura. Dessa forma, entendo que
um atestado médico justifica minha ausência e que a mesma deve ser abonada. Por
não ter pago no final do ano letivo de 2019, recebi outra notificação reduzindo
minhas férias, pois nesse documento exigia que eu trabalhasse do dia 02/01 até
o dia 07/01, mas eu achei uma falta de respeito e de humanidade imensa e por
está ciente dos meus direitos e convicta que não faltei por brincadeira, não
paguei. E, então fui penalizada com desconto de 20% no meu 1/3 das férias e
outro desconto indevido no salário do mês de janeiro que somados dá um total de
1331,94, desconto esse que gerou em uma série de transtornos financeiros, pois
sou uma trabalhadora, mãe de 3 filhos menores (dependentes) e provedora do lar.
Por conta desse desconto, deixei de honrar vários compromissos. Sem falar nos
transtornos psicológicos, emocionais que toda essa pressão vem causando. É
justo trabalhar, trabalhar e ser impedida de cuidar de sua saúde ou até mesmo
acompanhar um filho doente ao médico?.
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