Fake news sobre o novo
coronavírus estão circulando com força total. Veja alguns boatos em diferentes
países
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Fakes News sobre o Corona Vírus |
Fake news sobre o novo
coronavírus
Naturalmente, a magnitude
desse episódio está sendo acompanhada de muita desinformação. Veja abaixo
alguns casos de fake news que estão circulando sobre a
epidemia do novo coronavírus.
“Ao estourar
plástico bolha, lembre que o ar vem da China” (falso)
Um boato que está fazendo
sucesso nas correntes de WhatsApp no Brasil é o que diz que o ar do plástico
bolha que envolve produtos importados da China pode estar contaminado pelo novo
coronavírus. Segundo o Ministério da Saúde, não há qualquer evidência sugerindo
a veracidade dessa informação. “Vírus geralmente não sobrevivem muito tempo
fora do corpo de outros seres vivos, e o tempo de tráfego destes produtos
costuma ser de muitos dias”, lembrou a entidade.
“Vacina contra o
Codiv-19 foi descoberta” (falso)
A grande dificuldade dos
cientistas em encontrar uma vacina contra a doença está no fato de que o vírus
está em constante mutação. No entanto, tentativas continuam sendo feitas. Nesse
contexto, nesta terça-feira, 17, um jornal chinês anunciou que o país asiático
deu aval a pesquisadores para que iniciem testes de segurança em humanos
de uma vacina experimental. Por enquanto, é só mais um teste.
“Desinfetantes
antibactericidas não têm eficácia contra a doença” (falso)
Nos Estados Unidos, país que
já registra quase 5 mil casos confirmados do novo coronavírus, um boato que
está circulando com força é o de que desinfetantes antibactericidas para as mãos
não teriam eficácia contra a doença. De acordo com a revista americana
Newsweek, essa fake news começou a se espalhar no início de março, via Twitter,
e não tem qualquer fundamento: segundo o Centro de Controle de Doenças do país,
é perfeitamente possível usar o item para higienizar as mãos quando não há água
e sabão disponíveis.
“Urina e estrume de
vaca pode curar o novo coronavírus” (falso)
Na Índia, uma política do
partido governista Bharatiya Janata (o mesmo do primeiro—ministro Narendra
Modi) disse à imprensa que as pessoas poderiam usar urina e estrume de vaca
para curar o novo coronavírus. Vale lembrar que a vaca é considerada sagrada no
país e que o uso da urina deste animal em situações terapêuticas é comum. Nesta
sexta-feira, 12, informou a agência Reuters, um grupo religioso irá até
realizar uma festa para o consumo do líquido, apesar dos alertas de
profissionais da saúde quanto a sua eficácia contra o novo coronavírus e os
riscos que a ingestão pode trazer.
“Ingestão de álcool
ajuda a combater o vírus” (falso)
No Irã, um dos países mais
fechados do mundo e onde o consumo de bebidas alcóolicas é proibido, circulou o
boato de que a ingestão de álcool poderia combater o vírus. Como resultado, 40
pessoas morreram por complicações decorrentes da ingestão de álcool puro do
tipo usado na limpeza ou bebidas contrabandeadas.
“Vacina desenvolvida
na Austrália está à venda na Suíça” (falso)
A Itália é um dos países mais
afetados pela epidemia do novo coronavírus. Hoje, é o segundo maior em número
de casos confirmados, atrás apenas da China. Não à toa, o país inteiro está em
quarentena. Por lá, a desinformação também anda em alta. Um dos boatos mais
populares diz respeito à uma vacina, que teria sido desenvolvida na Austrália,
e que poderia ser usada no combate ao vírus.
Ainda de acordo com a
história, a vacina só poderia ser encontrada na Suíça. Essa mentira circulou
especialmente em Veneza, em um folheto distribuído nas ruas da cidade. Nele,
havia um endereço de e-mail e instruções para o depósito de 50 euros para a
aquisição da vacina. A história é boa e, evidentemente, trouxe esperanças para
muitas pessoas, mas é falsa.
“Cocaína protege
contra o vírus” (falso)
Se na Índia, o boato falava
sobre o consumo de urina de vaca, na França, diz respeito ao uso de uma droga,
a cocaína. Na semana passada, o governo francês precisou fazer um post em suas
contas oficiais nas redes sociais para desmentir a história. “Não, a cocaína não
te protege contra a COVID-19. É uma droga viciante, que causa efeitos
colaterais sérios e é prejudicial à saúde das pessoas”, dizia a mensagem
oficial.
“Prender a
respiração por 10 segundos indica se a pessoa tem a doença” (falso)
No Brasil, a desinformação
também está circulando com força total. Um dos boatos fala sobre uma espécie de
teste caseiro, que revelaria se a pessoa foi contaminada pela doença: respirar
fundo, prender a respiração por mais de 10 segundos. Se conseguir fazer isso
sem tossir, você não está infectado. A questão é séria e fez com que o
Ministério da Saúde montasse uma página dedicada ao monitoramento dessas
histórias e a checagem dos fatos.
É #FAKE que fazer
gargarejo com água morna, sal e vinagre elimina o coronavírus
Mensagem falsa tem circulado
junto com imagem nas redes. Especialistas, Fiocruz, OMS e Ministério da Saúde
refutam o texto
Circula pelas redes sociais
uma mensagem que diz que fazer gargarejo com água morna, sal e vinagre elimina
o coronavírus. É #FAKE.
A Organização Mundial da Saúde
(OMS), o Ministério da Saúde, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e especialistas
refutam o texto.
A mensagem falsa diz ainda que
o coronavírus permanece na garganta quatro dias antes de chegar aos pulmões.
"A infecção pelo
coronavírus pode dar tosse seca, dor de garganta, mas não é possível dizer que
essa tosse seca seja porque o vírus está na garganta e demora tantos dias para
chegar no pulmão. Isso faz parte do quadro clínico da infecção e o tempo para o
vírus chegar depende de cada pessoa. Não existe um tempo certo. O gargarejo
pode ser bom para ajudar no alívio da tosse, mas dizer que água morna, sal e
vinagre elimina o vírus é uma grande bobagem", afirma Leonardo Weissmann,
médico infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia.
A Fiocruz também diz que é
falso que "gargarejar com água morna ou salgada mata os vírus que se
alojam nas amígdalas e evita que passem para os pulmões".
Já o Ministério da Saúde
reforça que "até o momento, não há nenhum medicamento, substância,
vitamina, alimento específico ou vacina que possa prevenir a infecção pelo novo
coronavírus".
O hospital Johns Hopkins,
referência internacional, diz que se trata de um boato. "Essa recomendação
não protege contra o Covid-19".
A OMS também diz que a
mensagem não faz sentido. E reforça ainda que soluções salinas usadas na
lavagem do nariz não ajudam a prevenir a doença. "Há evidências limitadas
de que lavar o nariz regularmente com solução salina pode ajudar as pessoas a
se recuperar mais rapidamente de resfriados comuns. Entretanto, enxaguar
regularmente o nariz não tem demonstrado prevenir infecções
respiratórias."
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