Chefe da UTI do Hospital
Igesp, em SP, ressalta que ainda não é possível garantir que os pacientes foram
curados graças ao medicamento
Quatro pacientes acometidos
pelo novo coronavírus e que estavam em estado grave na Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) do Hospital Igesp, em São Paulo, receberam alta após sete dias
de uso de hidroxicloroquina em associação com outras medicações.
De acordo com Dante Senra,
médico cardiologista e coordenador das UTI’s do hospital, foram “avaliados
criteriosamente os protocolos internacionais” e 12 altas hospitalares de
pacientes confirmados com coronavírus e altamente suspeitos também foram dadas.
“Até onde sabemos, fomos o
primeiro hospital no Brasil a utilizar o medicamento”, disse o médico ao portal
UOL. Senra ainda afirma que, apesar de esperançosos, os resultados ainda são
iniciais. “A impressão é muito favorável, mas como se trata ainda de um número
pequeno, não há como estabelecer uma relação de causa e efeito. Até porque não
há estudos multicêntricos ainda”.
Senra explicou que os
resultados não fazem parte da coalizão Covid-19, feita pelo Hospital Israelita
Albert Einstein, HCor, Sírio Libanês e BRICNet, uma rede que realiza estudos
clínicos na área de medicina intensiva.
O especialista, no entanto,
fez questão de ressaltar que não há comprovação de causa e efeito do uso da
hidroxicloroquina. Ou seja, não é possível garantir que os pacientes foram
curados graças ao medicamento.
Ritmo do coração
Na coletiva de imprensa dessa
quarta, (25/03), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que a
hidroxicloroquina não deve ser utilizada de forma irresponsável e em casa.
“Usar esse medicamento fora do
ambiente hospitalar não é seguro. Deve ser feito em condições de segurança e
acompanhamento médico, porque pode ter alterações no ritmo do coração”.
O conteúdo do Macajuba Acontece é protegido.
Você pode reproduzi-lo, desde que insira créditos COM O LINK para o conteúdo
original e não faça uso comercial de nossa produção.