Avaliação no Planalto é de
que clima é insustentável; saída do ministro deve ocorrer entre quarta e
sexta-feira
Jair Bolsonaro e o
Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta Isac Nóbrega/PR
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Veja - Com o apoio da ala
militar, que já reconhece a incompatibilidade de Jair Bolsonaro com Luiz
Henrique Mandetta, o martelo foi batido no Palácio do Planalto. O ministro da
Saúde será demitido nesta semana.
A exoneração deve ser
anunciada entre esta quarta e a próxima sexta-feira. Em sigilo, o próprio
Mandetta e seu time já esperam pelo fim. Seguem trabalhando formalmente, mas já
sentindo o cheiro de queimado.
Há pouco, ao falar da
situação instalada no palácio, ele voltou a dizer que não pedirá para sair,
será, portanto, saído.
O Radar mostrou, nesta
terça, que três nomes já estão na mesa de Bolsonaro para substituir Mandetta na
Saúde.
Auxiliar pessoal do
presidente nessa cruzada contra as medidas adotadas por Mandetta na guerra ao
coronavírus, Osmar Terra ganhou adesões importantes nas últimas horas. Ele
conquistou o apoio dos filhos de Bolsonaro, como o Zero Um, Flávio, mas ainda
enfrenta resistências na ala militar do governo.
Terra vem ganhando adesões
por causa das críticas ao isolamento social implementado por governadores. O
ex-ministro da Cidadania é o principal cotado para o cargo de Mandetta no
momento.
Secretário-executivo do
Ministério da Saúde, João Gabbardo, é outro que começou a ser lembrado por
apoiadores do Planalto depois da entrevista de Mandetta no domingo, como uma
saída menos traumática, caso Bolsonaro decida demitir o atual ministro. Seria
uma solução “meio termo” na crise.
Recentemente, um grupo
influente de empresários bolsonaristas levou ao presidente o nome de Claudio
Lottenberg para o cargo de ministro da Saúde na vaga que mais dia menos dia
será aberta com a saída de Luiz Henrique Mandetta.
Presidente do Conselho do
Hospital Albert Einstein e tido como um dos líderes da comunidade judaica em
São Paulo, Lottenberg é visto com bons olhos pelo empresariado, mas seus laços
com João Doria praticamente inviabilizam a indicação.
A informação de que a
exoneração de Mandetta já está no forno foi confirmada há pouco, ao Radar, por
interlocutores diretos do presidente. Bolsonaro, no entanto, é sempre
imprevisível. A conferir.
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