É possível saber se o meu
namorado está espionando o WhatsApp? Me ajude a saber como faço para bloquear o
acesso do meu namorado ao meu celular. Ele entra no meu WhatsApp pelo celular
dele e longe de mim, e não é pelo WhatsApp Web. Como faço pra bloquear? Não
aguento mais isso!
Em primeiro lugar, é
importante saber que a invasão de dispositivos de outras pessoas é crime. Logo,
espionar o smartphone de um amigo, namorado ou esposa é proibido pela lei.
Se ele estiver mesmo
espionando o seu WhatsApp sem usar o WhatsApp Web, é muito provável que haja um
programa espião instalado em seu smartphone.
A orientação padrão para
qualquer caso com suspeita de espionagem é a restauração do celular à
configuração de fábrica. Isso vai remover todos os seus dados do celular e
todos os aplicativos instalados – na imensa maioria dos casos, qualquer
programa espião também será removido por esse processo.
Caso você tenha um iPhone,
veja as instruções para restaurar o smartphone aqui. Se o seu celular utiliza o
sistema Android, os passos podem variar de acordo com o modelo, mas algumas
instruções estão aqui. Caso você enfrente dificuldades, procure o suporte
técnico do fabricante.
Antes de realizar esse
procedimento, faça uma cópia das suas fotos e outros arquivos em um local
seguro, seja no seu computador ou em um serviço de armazenamento em nuvem de
sua preferência. Em alguns casos, é possível que suas fotos e dados de
aplicativos já estejam sincronizados, mas é importante conferir que tudo foi
sincronizado corretamente. Sem isso, você pode perder esses dados e não será
possível recuperá-los.
Após realizar a
restauração de fábrica, é importante que você configure o bloqueio de tela no
aparelho. O G1 já publicou essas e outras dicas para ajudar a impedir que seu
aparelho seja espionado.
O
problema é que nada vai conseguir proteger o seu smartphone de uma pessoa
próxima que tenha a intenção de espioná-la. Quando o inimigo está tão perto, e
faz parte do círculo de pessoas que confiamos, a maioria dos sistemas de
segurança não tem condições de funcionar e prevenir a ação do “inimigo”.
Quando um hacker ou
inimigo se aproveita de uma oportunidade eventual para atacar um dispositivo,
esse invasor tem um curto intervalo de tempo para atuar. É nesse intervalo que
tudo precisa dar certo para o invasor: seu celular pode estar desbloqueado, um
aplicativo não foi atualizado, e assim por diante.
Mas uma pessoa próxima
pode se aproveitar de uma dessas situações a qualquer momento, não havendo
espaço para descuidos.
Além disso, uma pessoa
próxima tem oportunidades únicas para burlar sistemas de bloqueio de tela, se
aproveitando da captura ou abuso da biometria (quando você está dormindo, por
exemplo). Uma pessoa muito determinada pode até observar seu uso do telefone
para saber a sua senha na tela de bloqueio.
Sendo assim, você seria
obrigada a esconder a existência do aparelho por completo e sempre desligar o
telefone (ou desativar a biometria) ao dormir. Essa é uma situação estressante
e, provavelmente, inviável.
A tecnologia raramente é
capaz de resolver problemas entre pessoas. Se não for possível chegar a um
acordo de respeito mútuo com diálogo ou terapia, você terá de se questionar se
realmente deseja permanecer próximo de uma pessoa com esse comportamento criminoso.
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