Executivo participou de
entrevista com Valor e disse que Dataprev deve apresentar soluções para
dificuldades técnicas
A Caixa tem trabalhado
para mitigar alguns problemas com o cadastramento dos beneficiários do auxílio
emergencial, disse o presidente do banco estatal, Pedro Guimarães, durante
entrevista ao vivo online do Valor nesta sexta-feira.
Segundo o executivo,
"tivemos quase 50 milhões de pessoas realizando o cadastramento, mas
volume significativo não foi aprovado por uma série de razões".
Conforme o presidente da
Caixa, a Dataprev tem analisado os problemas apresentados nos cadastramentos e
vai solucionar as dificuldades técnicas.
"Estamos
constantemente realizando upgrades do aplicativo. E desde sexta, quem tinha
problema com Justiça Federal pode fazer cadastramento, são 12 milhões de
pessoas."
Guimarães também prevê um
grande movimento nos pontos físicos de atendimento. "Teremos movimento
intenso de pagamentos. Por isso, colocamos mais 3 mil vigilantes na rua. Havia
problemas em algumas agências. Está melhorando. Sabemos disso, pedimos
desculpa, mas é um volume nunca visto antes."
De acordo com o presidente
da Caixa, 60% das pessoas que iam às agencias era para tirar dúvidas. Guimarães
classificou ainda a iniciativa como o "maior programa de inserção social,
com 30 milhões que vão ter conta digital de graça".
Segundo o executivo, o
banco já abriu 15 milhões de contas digitais de pessoas "que nunca tiveram
crédito e conta e têm dúvidas".
50 milhões
de cadastrados
A Caixa Econômica Federal
registrou quase 50 milhões de pessoas cadastradas em pouco mais de duas semanas
para recebimento do auxílio emergencial de R$ 600, informou. “Já pagamos 36
milhões de brasileiros nesse intervalo."
De acordo com o presidente
da Caixa, são três grandes grupo de beneficiários do auxílio: inscritos no
Bolsa Família e cadastro único, "que já tem base de 75 milhões de pessoas
no Ministério da Cidadania". "Dessas, vamos pagar até final da semana
que vem, ao redor de 30 milhões de pessoas."
Além das duas bases
citadas, o banco também lançou um aplicativo para cadastro de informais que não
estão nessas bases.
"O diferencial são
informais, MEIs, autônomos, que não estavam em nenhuma base do goveno. Criamos
essa base com aplicativo e no site que tem quase 50 milhões de pessoas
cadastradas."
O executivo elencou uma
série de ações que o banco tem levado adiante para o combate dos efeitos
econômicos do coronavírus. Segundo Guimarães, a instituição lançou um programa
de R$ 43 bilhões de financiamento imobiliário, com três meses de carência tanto
para o comprador do imóvel novo quando para a empresa vendedora.
Guimarães citou o novo
saque para trabalhadores com conta do FGTS a partir de junho, de R$ 1.045. Além
disso, "anunciamos nessa segunda-feira uma pareria com o Sebrae para
oferecer R$ 7,5 bilhões para o microcrédito".
(Conteúdo publicado
originalmente no Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor)
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Tópicos:
Economia