Com a imagem bastante deteriorada, o Brasil é visto com espanto no exterior e ainda mais agora, com demissões de dois ministros da Saúde em um mês em plena pandemia
Foto: Ani
Kolleshi/Unsplash
Valor Investe - O Brasil
corre o risco de ficar no fim da fila para receber vacina contra a covid-19 por
uma iniciativa internacional visando acelerar a produção de vacina, tratamentos
e testes contra a pandemia e assegurar um acesso equitativo.
Por causa de brigas
deflagradas pelo presidente Jair Bolsonaro, o Brasil sequer foi convidado para
lançar a “Colaboração Global para Acelerar o Desenvolvimento, Produção e Acesso
Equitativo a diagnósticos, tratamento e vacina contra o covid-19”, no fim de
abril.
A iniciativa reúne países
como França e Alemanha, organizações internacionais, fundações e empresas
privadas.
Enquanto vários governos
prometiam juntar forças contra o vírus, que já matou milhares de pessoas,
Bolsonaro acusava a Organização Mundial de Saúde (OMS) de incentivar
masturbação de crianças, por exemplo.
No contexto dessa chamada
“Act Accelerator”, a União Europeia (UE) conseguiu no espaço de algumas horas a
promessa coletiva de 7,4 bilhões de euros para financiar desenvolvimento da
vacina e outros instrumentos contra a pandemia, recentemente.
Agora, setores no Brasil
na área de ciência e tecnologia se movimentam para convencer o governo a
participar na ação global.
Primeiro porque, apesar do discurso de acesso equitativo da iniciativa, o risco é de o país, se ficar fora do “Act Accelerator”, não ser prioritário para receber a vacina, não poder influenciar na questão de preços e enfrentar condições inferiores.