Seu Crédito Digital - A solução levantada por
Paulo Guedes anteriormente, agora reforçada pelo secretário, confirma que o
governo está buscando uma forma de ter o benefício do Auxílio Emergencial
estendido por mais meses para trabalhadores informais.
• Calendário da 3ª PARCELA do Bolsa Família (Veja)
Após Guedes, secretário
sugere que Auxílio Emergencial reduza ao valor do Bolsa Família, por mais meses
O secretário especial de
Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, confirmou na quinta-feira
(21) que governo está buscando uma “solução intermediária” para que um auxílio
emergencial seja estendido. Hoje o benefício está aprovado para três meses de
vigência. “Chegaremos a uma solução intermediária, não com o mesmo perfil de
hoje”, disse Waldery Rodrigues.
A possibilidade de Auxílio
Emergencial com redução no valor já havia sido levantada pelo ministro da
Economia, Paulo Guedes, anteriormente.
“O ministro Paulo Guedes
já colocou as diretrizes para termos, de um lado, a manutenção do atendimento
aos mais vulneráveis. E de outro, um olhar diligente e cauteloso com relação à
questão fiscal. Chegaremos a uma solução intermediária, não com o mesmo perfil
de hoje. E uma possibilidade referencial é exatamente o valor trazido pelo
Bolsa Família”, disse Waldery, em coletiva no Palácio do Planalto.
Argumento para a proposta
do novo valor para o Auxílio Emergencial estendido
Em março de 2020, o valor
médio pago para os beneficiários do Bolsa Família era de R$ 191,86. Isso foi
antes do Auxílio Emergencial do governo devido à pandemia de COVID-19 entrar em
vigor. Por isso uma das possibilidades que o governo levantou foi a redução do
valor do Auxílio Emergencial estendido para R$ 200, sendo possível realizar o
pagamento por mais tempo.
Segundo o secretário
Waldery, serão aproximadamente R$ 151,5 bilhões pagos durante os três meses de
Auxílio Emergencial. Mas o valor atual se tornou insustentável para o governo,
caso o pagamento siga por mais meses.
“Nós começamos com um
número de R$ 98 bilhões, mas em função da cobertura, da elegibilidade, da
legitimidade dos brasileiros, o número chega a esse valor. Como são três
parcelas, dá uma média de R$ 51,5 bilhões por mês”, disse o secretário.
Quando os valores são
comparados com o orçamento do Bolsa Família, o valor de um mês do Auxílio
Emergencial já ultrapassa os R$ 30 bilhões anuais do outro programa de
assistência do governo.
“Nesse momento de
pandemia, em que há alta imprevisibilidade de quando será seu término, estamos
atentos para que auxílio emergencial siga, mas siga de forma adequada para cada
momento, atendendo àqueles mais vulneráveis, mas respeitando também as
restrições fiscais que temos”, afirmou Waldery.
Quais os próximos passos
do governo?
O secretário-executivo do
Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, comunicou que a crise será
monitorada. Dessa forma, será possível decidir sobre qualquer tipo de
prorrogação de programas do governo criados para diminuir os efeitos da crise
da COVID-19, inclusive para garantir que o Auxílio Emergencial seja estendido.
Ele afirmou ainda que os
trabalhadores informais que não estavam nos programas sociais do governo agora
estão em bancos de dados, facilitando a análise e a criação de futuras
políticas públicas.
Marcelo Guaranys disse que
uma revisão dos benefícios que existem atualmente deve ser feita para que novos
programas mais eficientes sejam desenvolvidos. “Já temos muitos gastos no nosso
País”, disse o secretário-executivo. “É importante rever benefícios que população
já tem”, afirmou.