Extra Online - Imagens
de pessoas nuas têm sido registradas pelo Brasil durante o período de
isolamento social proposto em diversas localidades como medida de contenção do
coronavírus. Os flagras estão chamando atenção de internautas pela frequência
com que estão sendo feitos. O último que está repercutindo nas redes sociais
teria sido gravado no início desta semana no calçadão da praia de Copacabana,
na Zona Sul do Rio. Houve casos em diferentes estados, registrados em março,
abril e maio. Praticamente todos envolvem transtornos mentais.
As
imagens mais recentes mostram uma jovem andando nua pela Avenida Atlântica,
usando apenas chinelos. Algumas pessoas param para falar com ela, que por sua
vez não esboça reação de estranhamento diante do fato de estar sem roupas. A
mulher carrega algo em suas mãos que aparenta ser peças de vestuário. Em uma
parte do vídeo, ela pede ajuda a um rapaz para fazer "uma ligação para a
Alemanha".
—
Eu estava de bicicleta, então não parei para ver o que estava acontecendo
realmente. Vi na parte da noite, ela estava gritando: "Eu quero ir pra
casa!" — contou uma jovem que estava na praia.
As
reações na internet variam entre piadas, alertas de que ela pudesse ter tido
algum transtorno psicológico ou mental, e perguntas sobre o que pode ter
acontecido com a moça.
É
possível ver num trecho do vídeo que circula na web, dois policiais militares
caminhando no calçadão, mas que não tomam, naquele momento, uma atitude
referente à mulher nua. Procurada na noite desta quarta-feira sobre esta
situação, a PM ainda não respondeu.
Em
nota, a assessoria da Polícia Militar informou que o caso aconteceu no fim da
tarde da última segunda-feira, dia 18/05, na Avenida Atlântica, altura do posto
4, do calçadão de Copacabana. Em um primeiro momento, os policiais estavam à
movimentação na areia e não perceberam a mulher. Em seguida, a equipe do Regime
Adicional de Serviço (RAS) abordou a jovem e a orientou para que vestisse sua
roupa.
Os
policiais ainda pediram aos demais transeuntes para que não realizassem
imagens, visando a preservação da imagem da moça. A mulher aceitou a orientação
da equipe, que a conduziu até sua residência, onde sua mãe a recebeu de
imediato.
Registros
de mulher pelada em Goiás e homem nu em São Paulo são feitos no mesmo dia
O
início desta semana também foi marcado por duas situações semelhantes. Uma
jovem foi flagrada andando vestindo apenas uma máscara, no Setor Moinho dos
Ventos, em Goiânia (GO), e um homem de 47 anos foi avistado, dessa mesma forma,
chamando atenção pelas ruas de Votuporanga (SP).
O
caso de São Paulo foi registrado num vídeo que mostra o indivíduo aparentemente
despreocupado enquanto caminhava numa área movimentada da cidade. Ele foi
levado para uma UPA. A PM informou que o paciente sofre de transtornos mentais.
A
mulher, contudo, foi fotografada numa região com menos movimento. Moradores
teriam se aproximado dela e oferecido roupas. Segundo a PM, ela relatou
utilizar medicação controlada para esquizofrenia e depressão. Os bombeiros
encaminharam-na a uma unidade de saúde psiquiátrica.
Mulher
nua bloqueia passagem de veículos em SP
No
início do mês, uma jovem chamou atenção no município de São Vicente (SP) ao
começar a se despir num ponto de ônibus para depois bloquear a passagem de
veículos. Essa cena, ocorrida no dia 5, também foi registrada em imagens que
repercutiram na internet. A PM cobriu a mulher com um pano e a conduziu para um
hospital. De acordo com a prefeitura, ela seria encaminhada para receber
tratamento psiquiátrico.
Casos
de nudez em Santa Catarina
No
dia 22 de abril, um homem foi visto andando nu numa praia em Florianópolis
(SC). Ele foi fotografado e a imagem também repercutiu entre moradores da
região. A PM de Santa Catarina levou o rapaz para o Instituto de Psiquiatria da
Capital (IPQ). Segundo os agentes, ele teria sofrido um "surto".
O
outro flagra em Santa Catarina ocorreu em Piçarras, onde uma mulher foi
registrada andando nua pela rua no dia 18 de março. Segundo a imprensa local,
ela tinha afirmado ter sido infectada pelo vírus e que iria transmitir a
doença. A história também repercutiu entre os moradores e foi parar nas redes
sociais.