Adolfo Sachsida avalia que
o programa é extremamente caro e não tem o desenho de uma medida estrutural
Previsão inicial é pagar
três prestações do auxílio
Giuliano Gomes/Estadão
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R7 - O secretário de política econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou nesta quinta-feira (14) que não há como o auxílio emergencial de R$ 600 ser estendido por um período superior a três meses. Ele avalia que o programa é extremamente caro e não tem o desenho de uma medida estrutural.
"Existe possibilidade
de auxílio emergencial ser estendido? Não, não tem como", afirmou
Sachsida, em live promovida pelo Banco Safra.
Se após quatro meses a
pandemia se agravar, demandando medidas adicionais, ele avaliou que o governo
terá tempo suficiente para analisar respostas que contenham mais
"focalização" e mais "atenção ao custo do programa".
"Cada um mês de auxílio emergencial custa mais que um ano de Bolsa
Família", disse ele.
Sachsida avaliou que o
maior desafio da equipe econômica em meio à crise tem sido fazer o crédito
chegar à ponta. Para as micro e pequenas empresas, a expectativa é que isso
aconteça após sanção na próxima semana de projeto aprovado no Congresso, o
chamado Pronampe.
Para viabilizá-lo, o
Tesouro irá aportar R$ 15,9 bilhões no FGO (Fundo de Garantia de Operações),
administrado pelo Banco do Brasil. Os recursos serão utilizados como garantia
na concessão de empréstimos, num momento em que bancos estão receosos de abrir
a torneira para esse público por medo de inadimplência.