O chamado Renda Brasil, tem previsão de pagar de R$250 a R$300 mensais aos brasileiros de baixa renda.
O novo programa social que
está sendo preparado pelo Governo Federal para substituir o
Bolsa Família, o chamado Renda Brasil, tem previsão de pagar
de R$250 a R$300 mensais aos brasileiros de baixa renda.
O Renda Brasil deve
começar a funcionar a partir de novembro deste ano. O programa idealizado pelo
governo federal tem como objetivo unificar diversos outros programas, como o
Bolsa Família e o auxílio emergencial.
Para custear esse novo
programa, devem ser criados novos impostos. O Ministério da Economia avalia,
por exemplo, desenvolver um novo CPMF para custear o projeto. Atualmente, a
equipe econômica do governo tem feito uma série de reuniões para definir como
será pago os valores aos beneficiários.
O programa deve contemplar
mais de 50 milhões de brasileiros. Essa “carteira única” deve pagar até R$ 300
reais ao grupo, que poderá atuar no mercado de trabalho. O programa deve
funcionar de forma semelhante ao Bolsa Família e resultará no fim de outros
programas, como o salário família e o abono salarial.
O Governo do presidente
Jair Bolsonaro deseja contemplar uma parte dos trabalhadores que estão
recebendo o auxílio emergencial de R$600. Além disso, a ideia é aumentar o
valor pago no Bolsa Família.
O aumento previsto,
conforme indicado por Guedes. deve variar de R$ 50 a R$ 100. Hoje, o valor
médio pago no Bolsa Família é aproximadamente R$ 200. Espera-se que a base de
beneficiários no novo programa deve ser ampliada em quase 10 milhões de
pessoas.
Renda Brasil
De acordo com Paulo
Guedes, ministro da Economia, o Renda Brasil deve ser destinado a brasileiros
com renda menor que um salário mínimo. Quem atuar por meio da Carteira Verde e
Amarela, que será vinculada ao Renda Brasil, poderá receber o salário junto aos
R$ 300 do programa. Porém, a categoria fica sem acesso a leis trabalhistas como
seguro desemprego, INSS e FGTS.
O objetivo do governo é
que o Renda Brasil passe a funcionar a partir de novembro para coincidir com a
época em que o primeiro grupo termina de receber a última parcela do auxílio
emergencial de R$ 600. Os detalhes completos do projeto devem ser divulgados
nas próximas semanas.
Unificação de benefícios
De acordo com Guedes, “o
auxílio vai começar a descer e vai aterrissar no renda básica. Vai juntar o
abono salarial, o Bolsa Família, mais dois ou três programas focalizados e vai
criar o Renda Brasil. E vai ser acima do Bolsa Família.”
Ainda segundo o
ministro, milhões de pessoas que vivem dos R$ 600, mas não se preenchem o
conceito de vulnerabilidade porque são trabalhadores informais, ou seja, é
necessário que se encaixe em outro programa social.
A ideia é atender os
trabalhadores por meio da Carteira Verde e Amarelo, programa que
deve incentivar os trabalhadores a retomarem as atividades profissionais após
pandemia do coronavírus.
Fim das deduções do Imposto de Renda
Além de unificar os
programas, o governo também quer cancelar os benefícios tributários
para aumentar o caixa do Renda Brasil e garantir outros R$ 18 bilhões. Para
isso, seria necessário o fim da desoneração de parte dos produtos da
cesta básica, com potencial de arrecadação de R$ 4 bilhões.
Também estão na mira
de corte do governo as deduções de IR com despesas médicas, com dependentes
e alimentandos, que garantiriam outros R$ 4 bilhões.
Tributação de fundos exclusivos
Outra medida em estudo
para custear o novo programa é a tributação de fundos exclusivos. Os fundos são
utilizados por famílias ricas para fazer investimentos de longo prazo e
concentrar toda a carteira de ações e de renda fixa em um único lugar.