Foi há pouco mais de seis meses que a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou que o mundo estava a enfrentar a chegada de um novo vírus, o SARS-CoV-2, causador da doença da Covid-19, que rapidamente se transformou numa pandemia mundial e matou milhões de pessoas.
o fim de janeiro,
registavam-se quase 10 mil casos de pessoas infetadas pelo novo coronavírus,
mais de 200 mortes e todos esses casos haviam decorrido na China.
Desse momento em diante, o
mundo e a vida dita normal, sofreram alterações profundas, conforme explica uma
reportagem publicada na BBC News.
Mas afinal, como está a
decorrer este combate entre o homem e o SARS-CoV-2? Segundo os números, não
muito bem.
Já nos aproximamos de 2027
milhões de casos confirmados e superamos 700 mil mortes.
"Ainda estamos no
meio de uma pandemia intensa e muito grave", afirma Margaret Harris da
OMS, em declarações à BBC.
"Está presente nas
comunidades de todo o mundo".
O fator a ter em conta é que uma única verdade une o planeta, desde quem vive na savana africana, nos arranha-céus de Nova Iorque ou na floresta da Amazónia - trata-se de um coronavírus que se propaga e se fortalece através do contacto humano. E tal, elucida a situação de todos no mundo e aponta como será a vida no futuro.
De acordo com a BBC News,
tal inferência é o que causa o exacerbado número de casos na América Latina e
na Índia. Ou por exemplo, o que explica o porquê de Hong Kong estar a manter os
indivíduos em centros de quarentena.
Ou o que faz com que a
Europa tenha dificuldade em equilibrar o fim do período de isolamento com o
refreamento da patologia. E o motivo porque se fala de 'um novo normal', ao
invés do 'velho normal'.
"Este vírus circula
por todo o planeta. Afeta cada um de nós. Passa de pessoa para pessoa, e
sublinha o facto de estarmos todos conectados", conta Elisabetta
Groppelli, da St George's University of London, no Reino Unido.
Quando isto
vai finalmente acabar?
Neste momento já existem
tratamentos com fármacos. A dexametasona, um esteroide, apresentou resultados
positivos em alguns doentes graves. Todavia, este medicamento não basta impedir
que indivíduos morram vítimas de Covid-19 ou para colocar um fim de vez aos
períodos de quarentena.
A verdade, é que a grande esperança do mundo de um regresso à normalidade ou antigamente reside na possível descoberta de uma vacina.
A imunização geral da
população iria conseguir travar a propagação do novo coronavírus.
Seis vacinas estão
atualmente na fase três de testes clínicos. A fase crítica, em que se
descobrirá se alguma delas será realmente eficaz. E não, não se pode
menosprezar este período, este obstáculo final já deitou por terra a esperança
de inúmeras vacinas para outras doenças. Adicionalmente, a maioria das vacinas
tende a necessitar de décadas para ser produzida.
E por isso mesmo,
autoridades de saúde no mundo inteiro sublinham que devemos falar em 'se' a
vacina funcionar, ao invés de 'quando' funcionar.
A médica Margaret Harris,
da OMS, diz à BBC News: "as pessoas têm essa crença de Hollywood numa
vacina que vai resolver tudo. Num filme de duas horas, o final é rápido, mas os
cientistas não são o Brad Pitt a injetar-se e a dizer 'vamos todos
salvar-nos'".