"Em março deste ano eu disse que teríamos dois
problemas graves pela frente - o vírus e o desemprego - e que ambos deveriam
ser tratados simultaneamente e com a mesma responsabilidade", afirmou o
presidente
Apesar do comércio já ter voltado a funcionar em
praticamente todo o País, o presidente Jair Bolsonaro publicou um vídeo na
manhã deste domingo defendendo novamente a reabertura dos estabelecimentos. Ele
voltou a dizer que o governo não tem como manter o auxílio emergencial de R$
600 por mês.
"Em março deste ano eu disse que teríamos dois
problemas graves pela frente - o vírus e o desemprego - e que ambos deveriam
ser tratados simultaneamente e com a mesma responsabilidade", afirmou o
presidente. "Cinco meses depois do meu pronunciamento, o diretor-geral da
Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirma que saúde e economia
são inseparáveis", completou, citando discurso de Adhanom feito na última
sexta-feira (21).
Bolsonaro voltou a atacar autoridades que, segundo ele,
"destruíram empregos nos últimos cinco meses". Governadores e
prefeitos de todo o País determinaram o fechamento de parte do comércio desde
meados de março para aumentar os níveis de distanciamento social e reduzirem a
pressão da pandemia de covid-19 sobre os sistemas de Saúde. Com a estabilização
da curva de infectados pelo novo coronavírus, essas normas já começaram a ser
flexibilizadas em todos os Estados.
O presidente citou a medidas tomadas pelo governo
federal durante a pandemia no crédito e a possibilidade de suspensão de
contratos e redução de salários e jornadas, com complemento dos rendimentos dos
trabalhadores por parte da União - que preservou cerca de 10 milhões de
contratos de trabalho. Bolsonaro lembrou ainda os cinco pagamentos mensais de
R$ 600 do auxílio emergencial voltado aos trabalhadores informais,
desempregados e beneficiários de programas sociais.
"Esse valor pode não ser muito para quem o recebe,
mas é muito para o Brasil, que gasta por mês R$ 50 bilhões. O momento é de
abrir o comércio com responsabilidade, voltar à normalidade e resgatar os
empregos", concluiu.
Com a flexibilização das medidas de restrição ao
funcionamento de diversas atividades, o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged) registrou a criação de 131.010 vagas com carteira
assinada em julho, após quatro meses de resultados negativos no mercado de
trabalho formal. De janeiro a julho deste ano, a perda de empregos ainda é de
1,092 milhão de vagas.
Com informações Notícias ao Minuto.
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