Presidente reafirmou que pretende prorrogar pagamentos até
o fim de 2020
Depois de participar de reunião com o ministro da Economia,
Paulo Guedes, e outros integrantes do governo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite
desta terça-feira (25) que deve definir
até a próxima sexta o novo valor do auxílio emergencial, menor que os atuais R$
600, que pretende prorrogar até o fim do ano. Ele participou da abertura do
congresso nacional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel),
em um hotel de Brasília.
"O governo fez sua parte [...] Acredito que nós
tenhamos evitado aí a perda de muitos empregos. Apresentou-se o auxílio
emergencial por três meses. Já prorrogamos por mais dois, acaba esse mês. E nós
pretendemos prorrogar --pretendemos, né?-- até o final do ano, não com este
valor que está aí, que pode até ser pouco para quem recebe, mas é muito para
quem paga. Quem paga somos todos nós. E não é dinheiro que o governo tem. Isso
vem de endividamento. Então, nós estamos negociando", disse Bolsonaro.
"Hoje teve mais uma reunião com equipe econômica [...]
Demos mais um passo no tocante a isso daí, porque nós acreditamos que teremos
mais um endividamento, não na ordem de R$ 50 bilhões por mês, como é este
auxílio emergencial no momento, de R$ 600, mas diminuir um pouco esse valor
para ver se a economia pega. Nós temos que pegar. A economia tem que
pegar", acrescentou.
Citando a presença de integrantes da equipe econômica no
evento, ele disse que o governo vai "continuar fazendo o possível"
para que o setor de bares e restaurantes não feche definitiva, e lamentou a
informação de que cerca de 30% dos estabelecimentos comerciais tenham fechado
as portas de vez.
Sobre a reunião, que discutiu o lançamento do programa
Pró-Brasil , pacote de medidas econômicas e sociais que o governo pretende
apresentar nos próximos dias, Bolsonaro disse ainda que "outras coisas
foram discutidas, e logicamente não batemos o martelo ainda".
Um pedido de Bolsonaro para ampliar o valor do Renda Brasil
, programa que irá substituir o Bolsa Família, foi o principal motivo do
adiamento. Técnicos trabalham para fechar com cenários e simulações para
apresentar ao presidente.
"A gente espera que até sexta-feira esteja quase tudo
já definido para nós darmos mais uma ajuda, que é uma obrigação nossa. Não é
favor, não, é obrigação nossa ajudar o Brasil a sair da crise que ainda temos e
venhamos então voltar à normalidade. No mês de julho agora, o Caged diz que
entre demitidos e admitidos tivemos um saldo de 130 mil, isso é muito bom, em
parte impulsionado pelo auxílio emergencial. Sabemos disso", comentou.
Nota de R$ 200
O presidente ponderou em seguida que o pagamento do
injetou, "por outro lado, dinheiro demais no mercado, papel demais".
E disse que esse foi o motivo da criação da nova nota de R$ 200, anunciada no
mês passado pelo Banco Central.
"Todo o papel que nós tínhamos foi colocado no
mercado, por isso que criou-se a nota de R$ 200, que alguns ficam falando aí...
coisas... não tem nada a ver. Os R$ 200 é porque não temos mais papel. Mas
papel demais no mercado leva a inflação. E isso aí é o pior mal que pode existir",
finalizou.
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