O governo deve anunciar em breve a definição sobre o valor do auxílio emergencial (Marcello Casal Jr./Agência Brasil) |
O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia,
Waldery Rodrigues, disse nesta sexta-feira (28) que não trabalha com a eventual
prorrogação do auxílio emergencial em 2021. “Trabalhamos com essas despesas de
combate ao coronavírus e às mazelas trazidas pela Covid-19 como contidas em
2020. Portanto, a discussão sobre o auxílio ainda está em andamento e não
trabalhamos com a extensão desse gasto em 2021, e sim contidos em 2020”,
afirmou.
As declarações de Rodrigues são dadas após membros do
governo passarem a considerar nos bastidores a extensão do auxílio até os
primeiros meses de 2021, caso não fique pronto a tempo o Renda Brasil (programa
em formatação pelo Ministério e que deve substituir o Bolsa Família). O governo
deve anunciar em breve a definição sobre o valor do auxílio emergencial, que
foi liberado por cinco meses pela quantia de R$ 600 e será prorrogado até
dezembro. O ministro Paulo Guedes (Economia) defendia uma mudança para R$ 200,
mas auxiliares do presidente queriam um valor maior, de R$ 300.
Nesta manhã, o presidente Jair Bolsonaro falou a apoiadores
no Palácio da Alvorada que o auxílio custa R$ 50 bilhões por mês e que o
governo deve reduzir o montante. “A gente prefere até o final do ano uma
importância menor do que R$ 600. Tem cara já reclamando, o tempo todo assim.
Isso não é aposentadoria, é uma ajuda emergencial. Sei que é pouco para quem
recebe. Mas ajuda, pô, é melhor do que nada”, disse.
Caso estabeleça um novo valor, o Planalto precisará de um
novo ato legal e o governo já estudava nas últimas semanas uma MP (medida
provisória) sobre o tema. Isso porque a lei que rege o auxílio emergencial
permite a prorrogação por ato do Executivo sem a necessidade de validação do
Congresso, mas desde que fosse mantido o valor original de R$ 600.
A MP tem força de lei imediata, embora o Congresso possa
mudar o valor durante a tramitação. Mas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), já sinalizou a Bolsonaro que o Congresso aceitaria o novo valor a ser
proposto pelo governo. “Nós [os congressistas] temos responsabilidade”, afirmou
Maia neste mês. Segundo ele, a análise deve considerar o impacto da medida nas
contas públicas.
O auxílio emergencial foi criado originalmente para durar
três meses (tendo como base os meses de abril, maio e junho). Depois, o governo
prorrogou por duas parcelas (julho e agosto). O valor de R$ 600 foi mantido em
todo esse período.
Inicialmente, Guedes propôs parcelas de R$ 200 por
beneficiário. O Congresso pressionou por um aumento para R$ 500, mas o valor
acabou fechado em R$ 600 após aval do presidente Jair Bolsonaro. O auxílio
emergencial é a medida mais cara do pacote anticrise, e já demanda R$ 254,4
bilhões em recursos considerando as cinco primeiras parcelas.
Com informações BHAZ.
Enfim,
gostou das nossas notícias?
Então, nos
siga no canal do YouTube, em nossas redes sociais como o Facebook, Twitter e
Instagram. Assim acompanhará tudo sobre Cidade, Estado, Brasil e Mundo.
O conteúdo
do Macajuba Acontece é protegido. Você pode reproduzi-lo, desde que insira
créditos COM O LINK para o conteúdo original e não faça uso comercial de nossa
produção.