Apesar do resultado, jogador continua em liberdade porque pode recorrer ao julgamento em terceiro grau; pena é de 9 anos de prisão
A segunda instância do
Tribunal de Apelo de Milão, na Itália, condenou o atacante Robinho a nove anos
de prisão, confirmando a decisão tomada em primeira instância. Dessa forma, o
atacante brasileiro fica mais perto de ser apontado como culpado no caso de
estupro coletivo, ao qual foi acusado em 2013 quando jogava pelo Milan.
Assim como em 2017, quando
recebeu sua primeira sentença, Robinho não compareceu à audiência, que teve
início ao meio-dia (8h no horário de Brasília). De acordo com a legislação
italiana, a presença do jogador não era obrigatória.
Robinho e seu amigo Ricardo
Falco, que responde ao mesmo processo, devem recorrer da decisão. Se isso
acontecer, o caso será encaminhado à terceira instância, representando a última
chance de absolvição. Enquanto aguardam a decisão final, que pode levar mais
três anos, os réus seguem em liberdade.
Independentemente do
resultado, Robinho continua em liberdade porque as duas partes ainda podem
recorrer ao julgamento em terceiro grau, que pode levar alguns meses para
ocorrer. Robinho tem a presunção de inocência assegurada até o trânsito em
julgado do processo, isto é, até que as fases de apelação se esgotem. E isso
ocorre somente quando um caso chega à Corte de Cassação, terceira e última
instância da Justiça da Itália, equivalente ao Supremo Tribunal Federal (STF)
no Brasil. Só haverá aplicação de pena definitiva após condenação nesse grau, o
que pode levar até dois anos.
A repercussão negativa sobre o
caso de estupro fez com que Robinho tivesse a contratação cancelada pelo Santos
em outubro. Robinho foi anunciado como reforço pelo clube com vínculo por cinco
meses e salário de R$ 1,5 mil, além de bônus de R$ 300 mil de acordo com o
número de jogos disputados. Porém, a pressão de patrocinadores e a divulgação
de conversas sobre o caso provocaram forte repercussão negativa do caso. E o
clube optou por suspender o contrato do jogador.
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