Governador afirmou que retorno seria por agora, mas não tem como acontecer de modo seguro
(Wendel de Novais/CORREIO) |
A Bahia ainda não vive uma
segunda onda, mas o ritmo crescente de casos de covid-19 preocupa e o pior
momento da pandemia pode está por vir, na avaliação do governador Rui Costa.
"O volume ainda não nos permite afirmar que temos uma segunda onda, mas o
ritmo nos permite afirmar que, daqui a uma ou duas semanas ou nos próximos dez
dias, se continuar nesse ritmo, podemos viver não só a segunda onda como a
maior onda de casos que a Bahia viveu desde o início da pandemia", disse
Rui, durante evento no CAB para entrega de novas viaturas.
A fala contraria o que disse
mais cedo o secretário da Saúde, Fábio Villas-Boas. "Nós já estamos
completando três semanas sucessivas de crescimento progressivo e contínuo do
número de casos. Portanto, é possível falar que já estamos entrando numa
segunda onda, que vem num cenário mais grave do que o que enfrentamos o início
da pandemia", disse ele à TV Bahia.
Por conta desse momento de
aumento nos casos, a volta as aulas voltou a ser descartada, explicou Rui.
"Nossa intenção era começar as aulas agora, mas por conta do crescimento
da doença, nós tivemos que adiar esse retorno. Não dá pra pensar numa volta
segura como queremos fazer desde o início com esse número tão grande de novos
casos", diz.
Apesar disso, o governador
descarta nesse momento a volta de restrições ao transporte intermunicipal, como
ocorreu no início da pandemia. "As medidas de restrição não devem
acontecer no transporte, estamos em um momento diferente. Quando ocorreu, era
com a intenção de impedir que a doença chegasse às cidades que estavam sem
registro. Hoje, acredito que 100% das cidades têm casos. Então, essa atitude
serviria apenas para trazer prejuízo econômico e dificultar a locomoção de quem
necessita do transporte municipal", considerou.
Ele falou em "restrição
no convívio social" caso a situação piore, sem detalhar que medidas exatas
poderiam ser tomadas. "O que pode ser feito, se a situação se agravar, é a
restrição no convívio social no geral, que não está descartado porque não
podemos permitir que o cenário se amplie de uma forma que não tenhamos leito
para receber as pessoas contaminadas"
O governador comentou também a
compra de refrigeradores para a futura campanha de vacinação, já que a maior
parte dos imunizantes em desenvolvimento precisa desse tipo de armazenamento.
"Nós estamos adquirindo refrigeradores que não são de uma finalidade
exclusiva. Há hoje na Bahia outros medicamentos que necessitam de refrigeração.
A compra dos refrigeradores vem pra reforçar uma estrutura que já existe e,
claro, para dar capilaridade a um processo de vacinação da população baiana com
vacinas que precisam estar refrigeradas abaixo dos -70°", diz.
Prefeitura e governo continuam
trabalhando juntos no combate à covid. "Há sim um diálogo, os secretários
de saúde do Governo e da Prefeitura continuam fazendo reuniões para seguir no
combate a pandemia, nós temos conversado por telefone. A preocupação agora é
reabrir os leitos em conjunto para que se consiga lidar com esse crescimento de
casos. A prefeitura já iniciou esse processo abertura de leitos. Nós também
abriremos para compensar a ausência do hospital da Fonte Nova e vamos abrir
leitos no Hospital Espanhol e também no Couto Maia", explicou.
Fim de ano
Com a chegada do final do ano,
a possibilidade de festas e aglomerações aumenta. O governador afirmou que fará
um "monitoramento rigoroso" até nas redes sociais para flagrar
estabelecimentos que façam festas nesse período. "Não será permitida
nenhuma festa de final de ano em dezembro. Vamos fazer um monitoramento
rigoroso inclusive em redes sociais para que qualquer estabelecimento que
esteja fazendo festa seja fiscalizado e até interditado pela polícia se
desrespeitar as regras e fazer festas no Réveillon. Isso não será permitido e a
polícia atuará preventivamente", alertou.
Ele disse que a "vida
humana é mais importante que o faturamento da festa". "É melhor ficar
sem as festas do fim de ano do que ficar sem emprego, já que uma maior
contaminação por causa disso pode ocorrer restrições no comércio e em
estabelecimentos. Para os baianos, eu digo que não comprem ingresso de festa
porque vai perder o dinheiro e a festa não vai acontecer", diz.
O monitoramento já está sendo
feito para tentar verificar a organização de possíveis festas.
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