Novembro foi o mês com maior
número de registros, com 73% das ocorrências
As notificações de Doença de
Haff na Bahia subiram de três, em agosto, para um total de 36 ocorrências até a
última semana de novembro. Deste quantitativo, a maioria foi mesmo registrada
no mês passado, com 73% dos casos, segundo boletim emitido pela Secretaria de
Saúde da Bahia (Sesab). As cidades com o maior número de registros foram
Salvador, com 12 notificações, e Camaçari, com 11. Das 30 vítimas mais
recentes, mais de 80% delas relataram ter comido peixe conhecido como “olho de
boi”.
Entre esse total de
notificações, 30 pessoas tiveram sintomas característicos da doença, como
mialgia e urina da cor de café. Ainda entre esses 30, cinco casos permanecem em
investigação e um já foi descartado. Entre as vítimas, 53% são homens e 47% são
mulheres. A faixa etária com mais infectados é a de 50 a 59 anos, seguida da de
20 a 29 anos. Além de Salvador e Camaçari, também houve ocorrência em Entre
Rios (3), Dias D’Ávila (2), Feira de Santana (1) e Candiba (1).
Dos infectados, 30
apresentaram sintomas típicos da doença, entre eles, CPK elevado (uma enzima
que atua principalmente nos tecidos musculares, no cérebro e no coração, sendo
solicitada a sua dosagem para investigar possíveis danos a esses órgãos).
Outros sintomas foram: dor muscular, urina escura (cor de café) e dor em
membros superiores e inferiores.
O que é?
A doença de Haff é uma
síndrome de rabdomiólise (ruptura de células musculares) sem explicação, e tem
como sintomas ocorrência súbita de extrema dor e rigidez muscular, dor
torácica, falta de ar, dormência e perda de força em todo o corpo, além da
urina cor de café, associada a elevação sérica da enzima CPK, ligada à ingestão
de pescados. A doença pode evoluir rapidamente com insuficiência renal e, se
não for tratada, pode levar à morte.
A enfermidade pode afetar o
rim pois a enzima CPK sai da fibra muscular entrando na corrente sanguínea,
explica a diretora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do
Estado da Bahia, Márcia São Pedro. Ao aparecerem os sintomas, é preciso ir para
a unidade de saúde para que o paciente possa ser hidratado nas primeiras 48h a
72h.
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