Depois de ficar sem a
Libertadores, dividir o Brasileiro, emissora está sem o Brasil nos jogos fora
até nas Eliminatórias da Copa
Globo perde seu 'maior bem'. A seleção brasileira nas Eliminatória. Para a pequena TV WA
TV Brasil. Turner. Bandsports.
Canais sem tradição em jogos
da seleção brasileira.
Mas que mostraram o time de
Neymar e Tite contra o Peru, em Lima.
E contra o Uruguai, em
Montevidéu.
Desde maio de 2015, quando
houve a devassa na cúpula da Fifa e confederações do mundo todo, principalmente
a Conmebol, as negociações de transmissões de futebol ficaram mais
transparentes.
A tradição, influência, bom
relacionamento, parcerias históricas foram deixados de lado.
Passou a valer a livre
concorrência.
O que coincidiu justamente com
a decadência financeira da TV Globo.
Motivada pelo fim do
privilégio de décadas da bilionária propaganda do governo central.
Pela pandemia.
Da concorrência fortíssima do
streaming.
Inadequação às novas mídias.
Situações que pareciam eternas
acabaram.
Como o domínio da emissora da
Libertadores da América.
Por não ter condições de
concorrer financeiramente com o SBT, a principal competição do continente foi
para a emissora de Silvio Santos.
O Brasileiro, também outro bem
que parecia hereditário, passou a ser dividido com a Turner.
O Carioca também foi para o
SBT no ano passado.
Até que veio a derrota mais
dolorida.
Os jogos da seleção
brasileira.
A Globo não teve dinheiro para
pagar todos os jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo do Catar. Apenas os
que acontecem no país. O investimento a mais foi no jogo em Buenos Aires,
contra a Argentina.
Por isso mostrou os confrontos
contra a Bolívia e Venezuela. Tanto na tevê aberta como na fechada, pelo
Sportv.
Viu escapar os jogos contra o
Peru e o Uruguai em 2020.
Desmoralizada, voltou a
negociar com a Mediapro, empresa que negocia as partidas das Eliminatórias pela
Conmebol. Queria reverter a situação neste ano.
Tentou blefar.
Usar sua tradição no futebol
para retomar os seis jogos restantes. Contra Colômbia, Equador, Bolívia,
Venezuela, Chile e Paraguai. Queria só estas partidas. O filé do filé.
Não os 50 jogos restantes,
confrontos entre os adversários.
Os executivos da Mediapro
foram claros. Não quiseram saber de tradição, de história, de ligação umbilical
com a seleção, dos berros ufanistas de Galvão Bueno.
O pacote era fechado.
Em vez de 15 milhões de
dólares, R$ 81 milhões, a Mediapro aceitava 11 milhões de dólares, cerca de R$
60 milhões. Desconto pela pandemia.
Mas a Globo não teve esse
dinheiro.
E, de surpresa, a TV WA,
bancou os 11 milhões de dólares para a Mediapro.
Ficou com os 56 jogos.
Incluíndo os da seleção
brasileira.
Algo que o mercado não
esperava, principalmente a cúpula da Globo.
A TV Walter Abrahão pertence
ao empresário Walter Abrahão Filho, que a comprou do filho do ex-presidente
Lula, Fábio Luís da Silva. A emissora tinha o nome de Play TV, que durou de
2008 a até 2020.
Walter Abrahão tem o nome do
pai que foi um dos maiores narradores esportivos do país. E que trabalhou por
muito tempo na TV Tupi. Depois passou pelo SBT e TV Manchete.
A TV WA é a cabo. Mas também é
captada por satélite.
Tudo indica que o governo
brasileiro manterá o que fez na partida diante do Uruguai, quando apenas o EL
Plus, da Turner, e a Bandsports, mostraram o confronto.
Sem tevê aberta.
A perda das partidas da
seleção refletem diretamente nos patrocinadores.
A Globo não terá um total de
oito jogos de 18 da seleção. Apenas os nove em casa e o da Argentina. É um
golpe e tanto.
Assim como foi a Libertadores,
o Carioca e perder a exclusividade no Brasileiro.
A CBF acompanhou a vitória da
TWA de braços cruzados.
Não pôde interferir, brigar
pela velha parceira, pela Globo.
Nem quis.
Desde que a emissora carioca
não apoiou o ex-presidente Marco Polo del Nero, no processo de cassação imposto
pela Fifa, a CBF passou a agir de forma distante.
Tanto que na Copa de 2018, na
Rússia, acabou com todos os privilégios que a Globo sempre teve na concentração
da seleção. Não teve acesso. E nem às famosas entrevistas exclusivas com
atletas e treinador.
A política de tratar a Globo
como uma qualquer segue.
As principais imagens da
concentração e exclusivas com atletas e com Tite são feitas pela CBF TV.
Vale destacar que ainda segue
a briga jurídica entre a Globo e a Fifa pela Copa do Mundo no Catar. A emissora
não pagou 90 milhões de dólares, R$ 491 milhões, parcela de 2020. Usou a
pandemia para suspender o pagamento de 600 milhões de dólares, R$ 3,2 bilhões.
A questão está longe de ser
resolvida. A Globo pode perder os direitos de transmissão da Copa.
O momento financeiro na Globo
é péssimo.
A emissora já perdeu inúmeros
artistas, apresentadores e jornalistas importantes.
A crise é fortíssima.
Perder para a TV WA os jogos
do Brasil nas Eliminatórias é significativo.
Até seus próprios narradores e
jornalistas esportivos sentem.
O império ruiu...
Enfim, gostou das nossas
notícias?
Então, nos siga no canal do
YouTube, em nossas redes sociais como o Facebook, Twitter e Instagram. Assim
acompanhará tudo sobre Cidade, Estado, Brasil e Mundo.
O conteúdo do Macajuba
Acontece é protegido. Você pode reproduzi-lo, desde que insira créditos COM O
LINK para o conteúdo original e não faça uso comercial de nossa produção.