Lucas Monteiro Semolini, de 26 anos, contou que se preparava para tomar banho no momento em que foi atingido. Ele foi encaminhado para o Hospital São Vicente, em Jundiaí (SP), e recebeu alta na terça-feira (12).
Jovem foi atingido por raio durante temporal em Várzea Paulista (SP) — Foto: Arquivo pessoal/Lucas Monteiro |
O jovem de 26 anos que foi
atingido por um raio enquanto estava no banheiro dentro de casa, em Várzea
Paulista (SP), relatou que momentos antes de sofrer a descarga elétrica tinha
colocado o celular para carregar e estava com o aparelho na mão.
O caso foi registrado nesta
segunda-feira (11) durante temporal na cidade. Em entrevista à TV TEM,
Lucas Monteiro Semolini ressaltou que foi um momento assustador.
"Eu tinha acabado de
colocar o celular para carregar, estava com ele na mão, quando senti o choque.
Raio veio pelo carregador e me atingiu. Meu corpo paralisou. Foi muito rápido.
Minha voz parou de sair. Estava indo tomar banho. Então, acho que, se isso
acontecesse alguns minutos depois, eu poderia ter morrido", diz.
Após a descarga, Lucas foi
socorrido e encaminhado para o Hospital São Vicente, em Jundiaí (SP), onde
ficou internado até terça-feira (12). Agora, ele se recupera do susto em casa
com a família.
"Graças a Deus não fiquei
com nenhuma sequela e meus exames estão todos normais. Só ficar de repouso. A
gente não acha que vai acontecer até quando acontece com a gente. Minha família
não quer saber mais de carregar o celular", afirma.
Temporada de raios
Segundo o ELAT/INPE, foram
registrados 65 raios em Várzea Paulista na segunda-feira (11). Destes, 48
atingiram o solo.
Especialistas explicam que os
raios aparecem mais justamente no verão e que janeiro é a temporada. Quanto
mais quente fica o ar, mais leve ele fica, e mais rápido sobe para a atmosfera.
No encontro com temperaturas mais frias, há formação de gotículas de gelo que
se chocam dentro das nuvens, formando a eletricidade.
"A corrente média de um
raio medido aqui no Brasil é cerca de 1.240 vezes maior que a corrente de um
chuveiro elétrico de alta potência, de 7500 watts, aquela corrente que é capaz
de aquecer a água que nós tomamos banho. Então, você imagina uma corrente 1.200
vezes maior que ela", destaca Silvério Visacro, pesquisador da UFMG.
Quando há formação de nuvens
com raios no horizonte, o melhor a se fazer é evitar lugares abertos e buscar
abrigo em prédios, pontos de ônibus ou dentro de carros, por exemplo.
A possibilidade de uma pessoa
ser atingida por um raio é de uma em 1 milhão, mas, no Brasil, essas descargas
elétricas matam cerca de 130 pessoas por ano, segundo o Inpe.
Foram 144 milhões raios
registrados no ano passado no Brasil, o que pode ser explicado pelo La Niña. O
fenômeno resfriou as águas do Oceano Pacífico na região equatorial e alterou a
circulação da atmosfera no planeta.
Com informações G1.
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