Criado para transferir dinheiro sem burocracia, o sistema foi "adaptado" e ganhou uma nova funcionalidade
O brasileiro desconhece o
significado da palavra limite. A frase que se popularizou na internet nunca fez
tanto sentido, já que a criatividade dos moradores do país supera todas as
expectativas. A última façanha foi transformar o Pix, novo sistema de
pagamentos desenvolvido pelo Banco Central para permitir transações
instantâneas, em aplicativo de paquera.
É isso mesmo. Em pouco mais de
dois meses de funcionamento, o Pix se transformou em "pixsexual",
como tem sido chamado pelos internautas. Não sabe como a paquera acontece no
sistema de pagamentos? Nós explicamos.
O interessado envia uma
quantia simbólica para a conta do "crush" e, no campo onde deveria
escrever a identificação da transferência, uma azaração é registrada.
Acredita-se que o primeiro caso ocorreu depois que uma mulher foi bloqueada de
todas as redes sociais do ex-namorado.
Sem contato com o amado, ela
recorreu ao Pix, fazendo transferências de R$ 0,01, para mandar mensagens
pedindo para voltar. Veja o relato abaixo:
meu primo terminou com a namorada pq ela traiu ele aí ele bloqueou EM TUDO. Aí pra conseguir falar com ele ela começou a mandar vários PIX de 1 centavo com mensagens pedindo desculpa kkkkkkk agora ele quer saber como que bloqueia no pix alguém sabe?
— QUERO VACINA 💉 (@imattdragons) January 3, 2021
Com a tendência, muitos
internautas estão divulgando os números de celulares e CPFs - que são usados
como chave para fazer a transferência - na tentativa de conseguir um flerte que
faça um depósito em sua conta. Logo o Banco Central se manifestou e ressaltou o
risco da prática.
Segundo a instituição, a
divulgação de dados pessoais na web pode deixar a pessoa vulnerável a crimes
cibernéticos. Além disso, frisou que "o Pix é um meio de pagamento, não
uma rede social”. O banco ainda não se informou que providências irá adotar
para evitar este tipo de utilização do sistema.
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