Governo federal é pressionado a manter auxílio emergencial, pago em 2020 a pessoas que ficaram sem trabalho na pandemia
'Se fechar tudo, Brasil vai quebrar', diz Bolsonaro
REPRODUÇÃO/YOUTUBE 05.01.2021 |
Pressionado a retomar o
pagamento do auxílio emergencial, o presidente da República, Jair Bolsonaro,
sinalizou nesta quinta-feira (7) a apoiadores que o governo federal não poderá
continuar com o benefício. Após o fim do socorro social, parlamentares
pressionam a União a lançar uma nova rodada em 2021 ou turbinar o Bolsa
Família, previsto em R$ 34,9 bilhões.
Na quarta-feira (6), o
candidato à presidência da Câmara Baleia Rossi (MDB-SP) defendeu a volta do
auxílio emergencial ou um Bolsa Família maior. Baleia enfrenta o deputado
Arthur Lira (PP-AL), apoiado pelo Palácio do Planalto na disputa. Nesta quinta,
o candidato avulso à presidência da Câmara Fábio Ramalho (MDB-MG) também
defendeu, em entrevista ao Broadcast Político (sistema de notícias em tempo
real do Grupo Estado), a retomada do pagamento do auxílio. O Congresso Nacional
ainda não votou o Orçamento de 2021.
Em conversa com simpatizantes,
um dos apoiadores disse a Bolsonaro que o chefe do Planalto recebeu muito apoio
no interior do Amazonas após o pagamento do auxílio. O presidente, no entanto,
evitou se comprometer com um benefício em 2021 e ironizou a situação afirmando
que, se pagar R$ 5 mil por mês para a população, ninguém mais vai trabalhar.
"Qual país do mundo fez
auxílio emergencial? Parecido foi nos Estados Unidos. Aqui, alguns querem
torná-lo definitivo. Foram quase 68 milhões de pessoas. No começo, foram R$
600. Vamos pagar para todo mundo R$ 5 mil por mês, ninguém trabalha mais, fica
em casa."
Durante a pandemia de
covid-19, o pagamento do auxílio emergencial reduziu momentaneamente os índices
de pobreza e desigualdade. A situação, porém, pode levar o país de volta ao
patamar da década de 1980 nesses índices, conforme o Broadcast Político mostrou.
O auxílio emergencial foi pago
para que trabalhadores informais e desempregados pudessem adotar o isolamento
social e evitar a doença, medida criticada por Bolsonaro.
Com informações R7.
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