Conclusão é de estudo norte-americano publicado nesta quinta-feira na revista científica Blood Advances
O coronavírus SARS-CoV-2, que
provoca a covid-19, se sente "particularmente atraído" pelo antígeno
do tipo sanguíneo A que se encontra nas células respiratórias, conforme indica
estudo publicado nesta quinta-feira (4) na revista científica Blood Advances.
Embora seja necessário,
segundo os autores, seguir investigando para compreender a influência que o
tipo de sangue tem na infecção pelo patógeno, o artigo se junta a conclusões de
artigos anteriores, que apontavam para uma possível relação entre o grupo sanguíneo
e a suscetibilidade e a gravidade da covid-19.
Para chegar às conclusões, os
pesquisadores avaliaram uma proteína da superfície do SARS-CoV-2, denominada
domínio de união ao receptor (RBD), que está dentro da proteína spike - a parte
do vírus que adere às células hospedeiras.
Um comunicado da Sociedade
Americana de Hematologia indica que se trata de um estudo importante para
entender como é produzida a infecção.
Em experimentos laboratoriais,
a equipe avaliou como o RBD do novo coronavírus interagia com cada tipo de
sangue.
Foi percebida uma "forte
preferência" por se unir ao grupo A que se encontra nas células
respiratórias, no entanto, não mostrava predileção pelos glóbulos vermelhos
deste mesmo grupo, nem por de outros.
A capacidade do RBD de
reconhecer e se unir preferencialmente ao antígeno do grupo sanguíneo A, que
está nos pulmões das pessoas deste, pode acrescentar informações sobre a
possível relação entre o tipo A e a covid-19, informam os autores.
"É interessante que o RBD
viral só prefira realmente o tipo de antígenos do grupo sanguíneo A que estão
nas células respiratórias, que são presumivelmente a forma em que o vírus entra
na maioria dos pacientes e os infecta", aponta o autor do estudo, Sean R.
Stowell, do Hospital Brigham and Women's, localizado em Boston, nos Estados
Unidos.
O especialista lembra que as
pessoas não podem trocar o tipo sanguíneo, mas que a compreensão da relação
entre ele e o patógeno, pode ajudar a encontrar "novos medicamentos ou
métodos de prevenção".
Com informações R7.
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