Policial de Itacaré foi levado
para o Hospital Geral do Estado, mas estado de saúde não foi divulgado
O policial militar que
bloqueou a frente do Farol da Barra e efetuou disparos para a cima, na tarde
deste domingo (28), foi baleado por policiais do Batalhão de Operações
Policiais Especiais (Bope) no início da noite.
Ele foi socorrido por uma
ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado ao
Hospital Geral do Estado. O estado de saúde dele não foi divulgado.
O PM, lotado na 72º Companhia Independente de Policia Militar de Itacaré, no sul da Bahia, invadiu o gramado em frente ao Farol da Barra, em Salvador, desceu do veículo e começou a dar tiros para cima, por volta das 14h20 deste domingo (28). Ele efetuou dezenas de disparos ao longo do dia.
Por volta das 18h30, o
policial atirou contra policiais do Bope que estavam atrás de uma viatura, que
reagiram. Houve confronto e vários tiros foram disparados. Ferido, o policial
caiu no chão.
Em seguida, seis policiais
militares se aproximam do policial. A ambulância do Samu se aproxima e conduz o
soldado baleado.
'Surto'
De acordo com a Polícia
Militar (PM), o militar demonstrava "descontrole emocional". Um
especialista em gerenciamento de crise do Bope também esteve no local, para
tentar uma negociação.
Antes de invadir o gramado em
frente ao Farol da Barra com uma Renault Duster marrom, o policial que deu
tiros para o alto foi seguido por viaturas da Polícia Militar. A perseguição
começou na Avenida Sete de Setembro e encerrou apenas no ponto turístico de
Salvador.
Ao chegar ao Farol, ele pintou
o rosto de verde, entoou palavras de ordem e disparou dezenas de vezes. No fim
da tarde, ele chegou a empurrar viaturas da polícia para longe dele - uma delas
quase bateu contra um muro.
O policial militar ainda jogou
bicicletas e itens de vendedores ambulantes que trabalhavam no local no mar.
Diversas equipes foram
mobilizadas para conter o suspeito e isolar as ruas que davam acesso ao
Farol. Além do Batalhão de Operações
Policiais Especiais, foram enviadas equipes do Batalhão de Choque, Esquadrão
Águia, e da 11ª CIPM.
Lucidez e loucura
O comandante do Batalhão de
Operações Policiais Especiais (Bope), major Cledson Conceição, disse que as
negociações foram o tempo todo tensas. Ele disse que a equipe reagiu após o PM
atirar diversas vezes contra a equipe de negociação.
Por volta das 18h35, o PM
atirou, dando início a um intenso confronto. Ele acabou baleado e foi socorrido
para o Hospital Geral do Estado (HGE).
"A todo instante, nós,
através da equipe de negociação, tentamos trazê-lo à realidade para ele se
entregar. Mas essa negociação se alternava em picos de lucidez com loucura. Ele
não falava coisas com sentido, estava bastante transtornado", disse o
major.
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