Presidente da Sociedade
Brasileira de Cardiologia, Marcelo Queiroga será o quarto ministro da Saúde
desde o começo da pandemia de Covid. Ele já se vacinou contra o novo
coronavírus.
Marcelo Queiroga — Foto: Geraldo Magela/Agência Senado |
Presidente da Sociedade
Brasileira de Cardiologia, Marcelo Queiroga será o quarto ministro da Saúde
desde o começo da pandemia de Covid, há pouco mais de um ano. O Brasil acumula
mais de 278 mil mortes em razão da doença.
Nesta segunda-feira (15),
Queiroga foi escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para substituir o general
Eduardo Pazuello.
Antes de Queiroga, comandaram
o ministério o médico e ex-deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS); o médico
Nelson Teich; e Pazuello.
Queiroga é defensor da
vacinação contra Covid. Em um vídeo na página da Sociedade Brasileira de
Cardiologia, ele fala da importância da imunização para combater a pandemia. Em
20 de janeiro, ele aparece em outro vídeo tomando a vacina.
Em maio, a Sociedade
Brasileira de Cardiologia, presidida por Queiroga, recomendou que a
cloroquina, a hidroxicloroquina e azitromicina não fossem usados contra o novo
coronavírus. Os medicamentos são defendidos até hoje por Bolsonaro mesmo sem
ter efeito contra a Covid-19. Depois da repercussão da nota, a entidade
recuou e divulgou nova nota, em parceria com o Ministério da Saúde, em que
abria a possibilidade de pacientes receberem cloroquina e hidroxicloroquina
após assinarem termo de consentimento.
O cardiologista é muito
próximo da família Bolsonaro, principalmente do senador Flávio Bolsonaro.
Depois da eleição de Jair Bolsonaro, Marcelo Queiroga participou da equipe de
transição de governo, dando opiniões na área de saúde.
Em abril de 2020, em
entrevista à GloboNews, Marcelo Queiroga falou sobre a importância do
isolamento social: “O isolamento social visa a reduzir aquele pico de pessoas
que precisam de internação hospitalar. É uma medida recomendada pelas
autoridades sanitárias de uma maneira homogênea”. E também defendeu o Sistema
Único de Saúde: “Fortalecimento do SUS - esse é o recado que essa pandemia traz
para todos nós brasileiros”.
Formação
Marcelo Queiroga é natural de
João Pessoa. Formado em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba, fez
residência em cardiologia no Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro.
Tem especialização em cardiologia, com área de atuação em hemodinâmica e
cardiologia intervencionista.
Em dezembro do ano passado,
Queiroga foi indicado por Bolsonaro para ser um dos diretores da Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A indicação ainda não foi votada pelo
Senado Federal.
No currículo enviado ao
Senado, Queiroga informou ser diretor do Departamento de Hemodinâmica e
Cardiologia Intervencionista (Cardiocenter) do Hospital Alberto Urquiza
Wanderley, em João Pessoa, e cardiologista do Hospital Metropolitano Dom José
Maria Pires, em Santa Rita (PB).
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