Equipes trocaram tiros com
Lázaro Barbosa, que está foragido há sete dias. Ele é acusado de matar
quatro pessoas de uma família
Mais de 200 policiais civis e
militares empreendem uma perseguição ao homem acusado de matar quatro pessoas
da mesma família em Ceilândia, na região administrativa de Brasília. Lázaro
Barbosa, de 33 anos, conhecido como "serial killer do DF" está
foragido há sete dias. A Polícia Militar usa helicópteros, cães farejadores e
conta com auxílio da Polícia Federal e Civil.
Na tarde desta terça-feira
(15), ele trocou tiros com as equipes de segurança durante as buscas na zona
rural de Edilândia, de acordo com informações da Secretaria de Segurança
Pública de Goiás. Um policial militar foi atingido com um tiro de raspão,
foi socorrido e passa bem. Ainda não há informações se Lázaro foi baleado.
A operação de captura continua.
Ele foi visto por populares
pela última vez em uma fazenda no final da manhã nesta terça-feira (15). Um
vídeo feito por uma mulher mostra o desespero de quem tinha acabado de dar de
cara com o assassino em série. Ela orienta os policiais mostrando a direção em
que Lázaro teria fugido para o meio da mata.
Antes de passar pela fazenda,
imagens de câmera de segurança mostram onde o maníaco teria se escondido na
noite de segunda (14). Nas imagens, é possível ver que ele carrega uma
mochila. Segundo a polícia, ele carrega armas e um livro para realizar
rituais de magia negra. Ele teria herdado esse livro dos avós que segundo eles,
o neto estaria sempre protegido e não seria capturado.
Mulher que foi feita refém por serial killer Lázaro na tarde desta terça-feira (15), conta como foram as horas de terror. Acompanhe ao programa ao vivo em https://t.co/nG5CiWL69a e reveja a íntegra quando quiser! pic.twitter.com/6qq3RNtaZg
— Cidade Alerta (@cidadealerta) June 15, 2021
O vídeo foi gravado esta
manhã, por volta das 6h, após Lázaro ter passado a noite no local onde é feita
a retirada do leite das vacas, dentro da fazenda. Quando o caseiro e o dono da
fazenda chegaram, Lázaro, disse que não queria fazer mal a ninguém. Queria
apenas comida. Quando o dono entrou em casa, Lázaro desconfiou que ele fosse
pegar uma arma e fugiu.
Lázaro circula por áreas
rurais com habilidade, agindo sempre da mesma maneira, Armado, invade fazendas,
se alimenta, bebe, descansa e obriga os moradores a cozinharem e o servirem. Ao
final, as vítimas ainda correm risco de serem mortas ou sequestradas.
Polícia trabalha com hipótese de que Lázaro não está agindo sozinho. Acesse https://t.co/nG5CiWL69a para acompanhar ao programa ao vivo ou assistir à íntegra quando quiser! #CidadeAlerta pic.twitter.com/4Pye4Fp7kR
— Cidade Alerta (@cidadealerta) June 15, 2021
Foi o que aconteceu com
Cleonice Marques Vidal, de 43 anos. Após executar o marido, Claudio, e os dois
filhos dela, Gustavo e Carlos Eduardo, Lázaro a levou para o meio da mata. Dias
depois, o corpo foi encontrado a cerca de 8 km de distância da casa, sem roupa
e com marcas de agressão.
Em seis dias matou quatro pessoas, baleou outras três e fez reféns em
chácaras. No passado, além dos crimes na Bahia, se envolveu com agressões
em Goiás, roubos e estupros em Brasília.
Além do massacre da família Vidal, de acordo com a Polícia Civil, Lázaro
coleciona três mandados de prisão em aberto por roubos e estupro, em Goiás, e
por um homicídio na Bahia. No Distrito Federal, ele é investigado por homicídio
e roubo seguido de estupro. Além disso, Lázaro está foragido da penitenciária
de Águas Lindas de Goiás há mais de três anos.
Apesar de circular por
povoados e propriedades rurais, Lázaro já usou a tecnologia para o interesse
próprio. Redes sociais serviram como facilitador, onde se passava por bom rapaz
e se aproxiava de vítimas.
Fotos sem camisa e exibindo o corpo estampavam um de seus perfis digitais. A
intenção era atrair as vítimas, preferencialmente mulheres. Uma mulher foi
vítima de lázaro e seu irmão há 12 anos.
Em 2013, após ter sido preso, passou por avaliação feita por uma junta médica.
Na época tinha 26 anos, e o laudo apontou características de
personalidade agressividade, ausência de mecanismos de controle, dependência
emocional, impulsividade, instabilidade emocional, possibilidade de ruptura do
equilíbrio, preocupações sexuais e sentimentos de angústia.
Em entrevista na segunda-feira
(14), o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Marques, classificou o
foragido como "psicopata". "Ele, além de ser um psicopata, é da
região. É o que nós chamamos de 'mateiro', acostumado a se emburacar no mato.
Ele deve ter outra motivação psicótica. Está muito focado em seguir na
trajetória criminosa. Mas vamos chegar até ele", afirmou.
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