O câncer de fígado
(carcinoma hepatocelular) é o terceiro que mais mata no mundo: por ano são
700 mil mortes.
No Brasil, de 2011 a 2015,
mais de 44 mil pessoas morreram por causa da doença.
O diagnóstico tardio é o
principal responsável.
Mais de 60% dos casos de
câncer de fígado são diagnosticados tardiamente no Brasil.
Os dados estão no estudo
“Carcinoma Hepatocelular: Barreiras ao Acesso, Diagnóstico e Tratamento no
Cenário Brasileiro Atual”.
O câncer do fígado é um tipo
de tumor maligno que se origina nas células que formam o fígado, como
hepatócitos, canais biliares ou vasos sanguíneos, sendo, geralmente, bastante
agressivo.
Alguns sintomas só aparecem
nos estágios mais avançados da doença, e incluem dor no abdome, enjoo, perda do
apetite, emagrecimento e olhos amarelados.
Se você tem gordura no fígado,
cirrose hepática, faz uso de anabolizantes, tem infecção crônica com hepatite B
ou C, diabetes e faz uso excessivo de álcool, você pode ter mais chances de
desenvolver a doença.
Além disso, casos de colite
ulcerativa ou de colangite esclerosante de longa duração também podem
desenvolver câncer no fígado mais facilmente.
Para identificar o câncer de
fígado, é preciso fazer exames de imagem do abdome, como ultrassom ou
tomografia, capazes de detectar um ou mais nódulos no fígado.
É importante lembrar que nem
todo nódulo ou cisto no fígado indicam câncer.
É preciso aguardar a análise
do médico para saber se há risco ou não.
Se forem identificadas
alterações suspeitas, o médico pode pedir uma biópsia de um pedaço de fígado,
para comprovar em laboratório se existem células cancerosas no órgão.
Saber identificar os sintomas
com antecedência é fundamental para um diagnóstico precoce.
Veja aqui os principais sinais
da do câncer no fígado:
- Dor na barriga, especialmente no lado
direito do abdome
- Inchaço da barriga
- Perda de peso sem causa aparente
- Perda do apetite
- Cansaço excessivo
- Pele e olhos amarelados
- Coceira na pele
- Enjoos constantes
Infelizmente esses sintomas
normalmente surgem quando a doença já está bem desenvolvida e, por
isso, na maioria dos casos, o câncer de fígado pode ser descoberto
numa fase avançada, o que diminui as chances de cura.
Para os casos menos suspeitos,
é indicado repetir os exames periodicamente, a cada ano ou a cada três anos, de
acordo com cada caso, para que seja possível acompanhar se há crescimento ou
desenvolvimento de novas características que possam indicar câncer.
Em quase todos os casos, o
tratamento do câncer de fígado é feito com cirurgia para retirar toda a área
afetada.
Mas pode ser necessário fazer
quimioterapia ou radioterapia antes da cirurgia para diminuir o tamanho do
câncer e facilitar a sua remoção.
Se existir outra doença, como
cirrose, a remoção de uma parte do fígado pode ser mais complicada e, por isso,
o médico pode recomendar um transplante de fígado para tentar alcançar a cura.
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