Documento que estava no bolso
de uma jaqueta que criminoso carregava no dia do confronto é investigado pela
Polícia Civil. Ele foi morto durante troca de tiros com a polícia, em Águas
Lindas.
Carta encontrada com Lázaro Barbosa no dia em que ele foi morto durante troca de tiros, em Águas Lindas de Goiás — Foto: Divulgação/SSP
A Polícia Civil está
investigando uma carta que foi encontrada com Lázaro Barbosa e que tem uma
oferta de R$ 500 para que uma pessoa pegasse munições em um barraco que ele
estava escondido. Lázaro foi morto durante troca de tiros em Águas Lindas de
Goiás, no Entorno do Distrito Federal na semana passada.
“Eu tenho 35 munições de 380
lá naquele barraco que eu estava. Pega para mim. Vou te adiantar R$ 500 por
esse corre”, está em um dos trechos.
O documento, divulgado nesta
segunda-feira (5) pela Secretaria de Segurança Pública de Goiás, foi escrito à
mão e encontrado pela polícia no bolso de uma jaqueta que o criminoso vestia no
dia do confronto. Em outro trecho da carta, há o relato de duas trocas de
tiros.
“Eles estão me caçando. Já
tive dois confrontos com eles e estou zerado de munição. Cara, por favor,
arruma o tanto de munição de 38 e 380”, escreveu em outro ponto da carta.
Rede de apoio
Mesmo com a morte do suspeito,
as investigações continuam. Além dos crimes pelos quais Lázaro era investigado,
a polícia também quer entender mais sobre a rede de apoio que o fugitivo tinha.
No domingo (4), o programa
Fantástico mostrou que a polícia investiga o envolvimento de Lázaro Barbosa com
fazendeiros, empresários e políticos.
Para os policiais, o
fazendeiro Elmi Caetano pode ser o mandante de uma chacina cometida por Lázaro,
em Ceilândia, no Distrito Federal. O Fantástico reconstituiu o cerco final ao
homem que durante 20 dias foi o criminoso mais procurado do país.
Lázaro foi procurado durante
20 dias por uma força-tarefa com mais de 270 agentes. Ele tinha uma extensa
ficha criminal, fugiu três vezes da prisão e era acusado de diversos crimes.
Após o confronto, as equipes
encontraram R$ 4,4 mil com o suspeito. “Esse dinheiro foi repassado para quando
ele saísse do cerco, ter condições de fugir para outra região".
"Agora nós vamos saber a
quem interessava manter o Lázaro lá”, disse o governador Ronaldo Caiado.
“Essas pessoas atuaram com
esse dinheiro. Ofertando esse dinheiro até para tirá-lo realmente daqui. Para
que ele saísse daqui e continuasse foragido da Justiça perpetrando crimes em
outras localidades a mando desse grupo”, disse a delegada Rafaela Azzi ao
Fantástico.
A secretaria informou ainda
que durante a fuga o criminoso teve acesso à rádio e televisão e que a polícia
investiga a participação de outras pessoas nos crimes cometidos por ele, na
região de Cocalzinho de Goiás.
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