Marcos Roberto, conhecido como Vandathegod, afirmou que invadiu site da Corte de forma simples
Marcos Roberto Correia da Silva, o hacker Vandathegod |
O hacker Marcos Roberto
Correia da Silva, conhecido como Vandathegod, preso em março deste ano por
participar do megavazamento de dados de 223 milhões de brasileiros, disse que é
possível alterar os resultados da apuração das eleições. A declaração foi dada
por ele em uma entrevista ao deputado Filipe Barros (PSL-PR).
Marcos, que foi um dos
capturados na Operação Deepwater, da Polícia Federal, também invadiu o sistema
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições de 2020, o que
resultou em um atraso da contagem de votos. Questionado por Barros se seria
possível violar o processo de apuração, ele respondeu positivamente.
– Conseguiria [invadir o
sistema eleitoral]. A manipulação de votos na rede, na hora da votação ela é
desligada, mas na hora de contar os votos ela é sim ligada e conectada à
internet. E se ela estiver em algum lugar e alguém estiver nessa rede, ele
consegue fazer a invasão, e aí consegue manipular a votação – disse.
Vandathegod atualmente está
preso na Colônia Penal Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, Minas Gerais,
por ter vazado dados do Serasa e responde por ter invadido o TSE. De acordo com
o hacker, a invasão do site da Corte Eleitoral foi fácil e foi possível através
de códigos maliciosos.
Barros, que é o relator da PEC
que tramita no Congresso para a criação do voto impresso auditável, também
questionou o hacker a respeito da vulnerabilidade dos sistemas do TSE a ataques
originados do exterior. Sobre isso, Vandathegod também respondeu positivamente.
– [O sistema do TSE é vulnerável
a ataques de] Outros países, geralmente do Irã. Muitas pessoas que eu conheço
de lá atacam aqui – destacou.
Marcos finalizou dizendo que,
caso o grupo que invadiu o TSE tivesse aguardado mais tempo em seu ataque, os
hackers poderiam invadir o banco de dados com os resultados eleitorais e
acrescentar tabelas para alterar votos e, consequentemente, beneficiar um
determinado candidato.
– Se a gente quiser criar
tabela, nome de banco dados, acrescentaria sim, manipularia tudinho –
finalizou.
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