Elmi Caetano Evangelista, de
74 anos, saiu do presídio de Águas Lindas de Goiás e vai usar tornozeleira
eletrônica
O fazendeiro Elmi Caetano, 74
anos, preso por auxiliar na fuga de Lázaro Barbosa, teve sua prisão preventiva
revogada pela Justiça na sexta-feira (16/7). Ele foi indiciado em junho pelos
crimes de favorecimento pessoal — consiste na ajuda prestada para que o autor
do delito não seja alcançado pela autoridade pública — e posse ou porte ilegal
de arma de fogo.
Elmi estava detido no presídio
público de Águas Lindas de Goiás desde o dia 24 de junho e vai usar
tornozeleira eletrônica. A informação foi confirmada ao Correio pela defesa do
fazendeiro.
A decisão é assinada pela
juíza Luciana Oliveira de Almeida Maia da Silveira. No texto, ela diz não ver
perigo na soltura do fazendeiro, que é idoso e tem residência fixa, e ressaltou
que a simples suspeita, sem provas de que armas e munições encontradas com
Lázaro Barbosa pertencem a Elmi, não seriam suficiente para respaldar o
prolongamento da prisão.
"A prisão deve ser
substituída por medida mais branda, especialmente por se tratar de réu idoso,
com residência fixa, ocupação lícita e sem outras passagens pela seara
criminal. Ainda, há nos autos documentos que indicam certa fragilidade na saúde
de Elmi, o que deve ser sopesado, considerando que ainda persiste a pandemia do
coronavírus", diz a decisão.
Prisão de Elmi Caetano
O fazendeiro foi detido no dia
24 de junho após desobedecer uma ordem de parada dada por policiais penais, e
foi perseguido pelos agentes até ser interceptado. O inquérito policial apontou
que Elmi dificultou o trabalho da polícia e impediu a entrada de policiais na
propriedade.
Lázaro Barbosa foi encontrado
em uma área de mata no bairro Itamaracá, em Águas Lindas de Goiás três dias
depois. Na troca de tiros com policiais da força-tarefa montada para
capturá-lo, ele foi morto após 20 dias de buscas.
O homem é apontado como o
autor do assassinato de quatro pessoas da família Vidal em Ceilândia Norte, no
dia 9 de junho. Desde então, estava foragido e se escondeu nos distritos de
Edilândia e de Girassol, que pertencem a Cocalzinho. Nesse período, invadiu chácaras,
fez pessoas reféns e trocou tiros com a polícia.
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