Prometeu R$ 200 mil para
corretor cometer crime e deu festão dois dias depois
A empresária Anne Cipriano
Frigo, 46 anos, foi presa acusada de mandar matar o namorado, Vitor Lúcio
Jacinto, 42 anos, em São Paulo. Ela pagaria R$ 200 mil ao corretor de imóveis
Carlos Alex Ribeiro de Souza, 28, pelo crime. As informações são do Uol.
Tanto Anne quanto Carlos
tiveram prisão temporária de 30 dias decretada. A empresária atua no ramo do
papelão. O corretor diz que não chegou a receber o pagamento pela morte de
Vitor Lúcio.
O crime aconteceu em 17 de
junho. O corpo de Vitor foi achado perto de uma represa em Guarapiranga, zona
sul de São Paulo. Carlos confessou o crime. Já a empresária preferiu ficar em
silêncio no depoimento. “Hoje de manhã, os dois foram presos. Aqui no
Departamento de Homicídios, o Carlos confessou o crime com detalhes. Nós
conseguimos encontrar o carro que ele usou para praticar o crime. Dentro do
carro, estava um estojo da arma que ele usou. A arma também já foi recuperada”,
disse o delegado Fábio Pinheiro Lopes à Band.
Segundo a polícia, dois dias
depois de mandar matar Vitor, Anne deu uma grande festa de aniversário. A
suspeita é que o crime tenha tido motivação passional. A empresária teria
descoberto uma traição. Além disso, estava descontente com os gastos que o
namorado fazia do seu dinheiro. Ela já havia dado a ele um Porsche de R$ 2
milhões, além de uma bicicleta de R$ 120 mil.
Carlos disse à polícia que a
motivação principal foi uma infidelidade de Vitor que a empresária
descobriu. “Segundo ele alega, o Vitor a teria traído, e isso motivou ela
a mata-lo”.
Os dois estavam juntos há
quatro anos, depois de se conhecerem em um site de relacionamentos. Na época,
Vitor era segurança em um restaurante, mas ela o tirou do emprego e passou a
sustentá-lo. Ela pagava aluguel de R$ 32 mil para ele viver em Alphaville,
enquanto vivia em uma mansão avaliada em R$ 20 milhões.
Carlos trabalhava como
corretor para o casal. No dia do crime, ele chamou Vitor para olhar um imóvel.
No carro, atirou nele pelas costas. Depois, com a vítima já morta, seguiu até
Guarapiranga, onde abandonou o corpo. Ele ainda tentou queimar o cadáver para
prejudicar a identificação.
O assassino foi embora com o
celular da vítima. O aparelho foi usado depois para tentar atrapalhar a
investigação, enviando mensagens como se fossem de Vitor - inclusive uma
parabenizando Anne. “Alguém continuou se passando pelo morto - no caso,
pelo Vitor - mandando várias mensagens do seu telefone, se passando por ele.
Até para criar um álibi, como se ainda estivesse vivo”, diz o delegado Lopes.
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