A paulista já planeja a
próxima modificação: tornar as orelhas pontiagudas
A estudante de biomedicina
Carol Prado, 36 anos, seguiu os passos do marido, o tatuador
"Diabão", e passou a realizar modificações mais intensas em seu
corpo. Para se tornar a "Mulher Demônia", ela pigmentou os olhos,
implantou próteses de chifres na testa e até bifurcou a língua.
Com gosto por tatuagens, há
cerca de quatro anos Carol começou as suas primeiras modificações, incentivada
pelas transformações do marido Michel Prado, o "Diabão".
"As pessoas já falavam:
'Se ele é o Diabão, a esposa dele é o quê? A Diabete? A Diaba?'. Ai fui me
transformando e buscando, meio que com esse incentivo das pessoas, o que eu
seria. Comecei a procurar na internet imagens de demônia feminina, pensando já
em uma personagem. Me identifiquei", relata ao Uol.
MODIFICAÇÕES
O primeiro passado na nova
vida como "Mulher Demônia" foi pigmentar os olhos. Após isso,
ela bifurcou a língua, fazendo um corte no meio e deixando a aparência
semelhante à língua de uma cobra.
A adaptação, segundo ela, foi
difícil. Carol contou ao Uol que teve de reaprender a
beijar. A paulista conta que é como "por um aparelho
ortodôntico".
"Tudo é uma questão de
adaptação. Com a gente não é diferente. Hoje já é normal. Falo normal, como
normal, beijo normal. Quando você passa a fase de adaptação, os hábitos se
tornam normais", afirma.
Carol conta ainda que não tem
coragem de fazer modificações mais invasivas como seu marido, o
"Diabão", que amputou o dedo anelar para deixar as mãos parecidas com
uma garra.
"Sou bunda mole. Remoção
do umbigo, do dedo. Não tenho coragem. De jeito nenhum", diz. No entanto,
ela já planeja uma próxima mudança, uma cirurgia para deixar as orelhas pontiagudas.
RELAÇÃO COM DEUS
A transformação mais recente
foi a implantação de dois chifres na testa. A "Mulher Demônio" diz
que recebe muitos comentários agressivos de pessoas religiosas, mas afirma que
as modificações não são relacionadas a embates religiosos.
Ela conta que é religiosa e
"extremamente tenente à Deus". Carol afirma que chegou até se
questionar se estaria ofendendo sua religião com os implantes de chifres.
"Quando eu resolvi
colocar meus implantes de chifres, sentei na cama com meu esposo e falei:
Michel, será que devo fazer isso? Tive um temor de o meu Deus me julgar por
aquilo que estou colocando em mim. Ele falou: 'Seu Deus te julga pelo seu
coração ou por sua aparência?'. Até o nosso Deus foi chamado de demônio, ele
foi julgado. Ele não julga por isso".
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