Artista
construiu sólida carreira nos palcos e na TV, e deu vida ao querido personagem
Doutor Vitor, na série 'Castelo Rá-Tim-Bum', da TV Cultura. Ele estava
internado com uma infecção nos pulmões e faleceu em decorrência de falência
múltipla de órgãos na madrugada desta sexta (3).
Rodrigo Lombardi e Sérgio Mamberti, em foto tirada quando estavam em cena na peça 'Um Panorama Visto da Ponte' — Foto: Ale Catan/Divulgação
O ator
Sérgio Mamberti, de 82 anos, morreu na madrugada desta sexta-feira (3) em São
Paulo. O artista estava internado em um hospital da rede Prevent Sênior, na
capital paulista. A informação foi confirmada por um dos filhos do ator, Carlos
Mamberti.
Ao G1,
Carlos afirmou que o pai estava intubado, com uma infecção nos pulmões. Ele
morreu em decorrência de falência múltipla de órgãos.
Em julho
deste ano, Mamberti havia sido hospitalizado para tratar de uma pneumonia e
chegou a passa por uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Após cerca de 15
dias, se recuperou e teve alta.
Carreira
O ator
colecionou inúmeros papéis de destaque. Foi nas séries que viveu seu personagem
mais querido, o saudoso Dr. Vitor do Castelo Rá-tim-bum.
Também
participou de produções da TV Globo, como “A diarista" e "Os
normais”. “Atualmente, esteve no elenco de “3%”, série brasileira produzida
pela Netflix.
Mamberti
dirigiu peças importantes no circuito paulista. Em 2019, estreou, ao lado de
Rodrigo Lombardi, a premiada “Um panorama visto da ponte”.
Estreou no
cinema em 1966 com a comédia “Nudista à força”, de Victor Lima. Depois,
emplacou inúmeros sucessos: “O Bandido da Luz Vermelha” (1968), “Toda Nudez
Será Castigada” (1973), “O Homem do Pau Brasil” (1980), “A Hora da Estrela”
(1985), “A Dama do Cine Shangai” (1987).
Também
estrelou filmes infantis como “Xuxa Abracadabra” (2003) e “O Cavaleiro Didi e a
Princesa Lili” (2006).
Mamberti
também reinou nas novelas. Um de seus primeiros papéis de destaque foi como
João Semana em “As Pupilas do Senhor Reitor” (1970).
Depois
disso, atuou também em , “Brilhante” (1981), “Anjo Mau” (1998), “O Profeta”
(2007), “Flor do Caribe” (2013), “Sol Nascente” (2016), entre outras. Seu maior
sucesso foi o mordomo Eugênio na clássica “Vale Tudo” (1988).
Grande
articulador cultural, abrigou em sua casa em São Paulo artistas vindos do
Brasil e de fora que precisavam de abrigo. Entre seus hóspedes, estão os Novos
Baianos, Asdrúbal Trouxe o Trombone e The Living Theatre.
Em 2021,
lançou a autobiografia “Sérgio Mamberti: Senhor do meu Tempo”, escrita com o
jornalista Dirceu Alves Jr.
Biografia
Mamberti
nasceu em 22 de abril de 1939, na cidade de Santos, litoral de São Paulo.
Durante mais de 60 anos, dedicou-se à arte e à cultura brasileiras por meio de
diversas atividades: foi ator, diretor, produtor, autor, artista plástico e
ocupou vários cargos políticos no Ministério da Cultura.
Em 1964,
casou-se com Vivien Mahr, com quem teve três filhos: o também ator Duda, o
diretor Fabrício e Carlos. A esposa morreu em 1980.
Depois
disso, teve um companheiro por 37 anos, Ednaldo Torquato, que morreu em 2019.
Ao publicar sua autobiografia em abril deste ano, o ator falou abertamente
sobre sua bissexualidade.
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